A vacinação na infância e na adolescência é uma das medidas mais importantes para garantir a saúde e o bem-estar das crianças e dos jovens, não somente nesse período de desenvolvimento, mas por toda a vida. Afinal, a imunização é um processo pelo qual o corpo aprende a se defender de agentes infecciosos, como vírus e bactérias, produzindo anticorpos que ajudam a combater esses microrganismos. Quando uma criança é vacinada, os anticorpos permanecem no corpo por muitos anos — ou até mesmo permanentemente.
Vacinar as crianças é particularmente importante para prevenir doenças graves, como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a coqueluche e a meningite. Essas enfermidades podem ser extremamente perigosas e é possível que gerem complicações graves desde cedo, como surdez, cegueira, deficiência intelectual e até a morte.
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Em 2020, o Brasil se comprometeu, junto com outras 193 nações, a erradicar o câncer de colo de útero até 2030, uma meta proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), registra anualmente cerca de 16 mil casos novos e 6 mil mortes pela doença. Para alcançar o objetivo, três ações principais estão sendo colocadas em prática: prevenção, rastreamento e gerenciamento do câncer e das lesões precursoras. No campo da prevenção, a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), vírus associado a 99% dos casos de câncer de colo de útero, é a principal ferramenta disponível.
A nova vacina contra o HPV, chamada de nonavalente e disponível na rede privada, protege contra nove tipos do vírus que podem causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, garganta e boca. A imunização é recomendada tanto para meninas quanto para meninos a partir de 9 anos de idade. Na faixa etária de 9 a 14 anos, o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de seis meses.
Além disso, a vacinação na infância é uma medida importante de saúde pública. Quando uma grande proporção da população é vacinada, ocorre a chamada imunidade de rebanho, que é quando a maioria das pessoas é imune a uma doença, protegendo também aqueles que não podem ser vacinados, como bebês muito jovens ou pessoas com sistema imunológico comprometido. E sempre é importante lembrar: as vacinas são seguras e eficazes.
A maioria das reações adversas são leves e temporárias, como dor no local da aplicação ou febre baixa. Diversas pesquisas sérias e bem fundamentadas publicadas em periódicos como a Nature, Lancet e outros têm confirmado a segurança, eficácia e proteção que a vacina nonavalente promove, inclusive estudos feitos com crianças e adolescentes que receberam o imunizante. Vacinas salvam muitas vidas e devem ser encorajadas e incentivadas pelos pais,profissionais de saúde e autoridades públicas.
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