Ao celebrar 63 anos, na última sexta-feira, Brasília foi destacada, por diversos aspectos, em caderno especial publicado pelo Correio. Aqui, nesta página, vou me ater, com mais especificidade, à manifestação cultural de maior popularidade na capital: a música.
Há algum tempo, além de ser, cada vez mais, um estuário dos espetáculos de grandes artistas nacionais e internacionais, que saem em turnê pelo país, a cidade chama a atenção, nesse segmento, pela sua relevância no campo da produção artística.
Para que isso viesse ocorrer, foi determinante a existência de espaços, onde os espetáculos pudessem ser apresentados. Mesmo com impossibilidade do acesso às salas do Teatro Nacional Cláudio Santoro, fechadas há quase 10 anos, existem, felizmente, outros locais com palcos para a música — desde os de ambientes fechados até os que funcionam ao ar livre, chamadas, pelos moderninhos, de arenas.
Boa parte tem o Eixo Monumental como endereço. O maior de todos é o Estádio Nacional Mané Garrincha, que, nos últimos anos, foi cenário para mega-shows de Paul McCartney, Roger Waters, Andrea Bocelli, Roberto Carlos, Marisa Monte, Tribalistas, Sandy & Júnior.
Pelo vizinho Ginásio Nilson Nelson, passaram Bob Dylan, Bon Jovi, Jackson Five, Doces Bárbaros, Secos e Molhados, Novos Baianos, Milton Nascimento, Roberto Carlos — os dois últimos, inclusive, mais recentemente. É para lá onde Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá estarão de volta em 13 de maio.
Uma arena, nas proximidades, que acolheu eventos com duplas sertanejas, grupos de pagode e rappers, receberá sábado e domingo próximos o Festival Micarê, tendo como atrações Chiclete com Banana, Asa de Águia, Timbalada e outras estrelas da axé music.
Do outro lado da avenida, o Teatro Plínio Marcos é bastante utilizado. Há dois finais de semana, acolheu o musical Isso aqui tá bom demais, em homenagem ao saudoso Dominguinhos. Um pouco mais adiante, o Espaço Cultural do Choro (projeto de Oscar Niemeyer) frequentemente, tem sido palco para instrumentistas, cantores e grupos brasilienses e de outras regiões do país. Em fevereiro, Zé Renato (Boca Livre) superlotou a sala, que tem capacidade para 400 espectadores.
Logo na frente, o auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (criado pelo arquiteto Sérgio Bernardes), há algum tempo, tornou-se o palco preferencial de nomes destacados da música nacional e internacional. Foi lá que aplaudimos Ringo Starr e Mercedes Sosa; e onde, há dois fins de semana, Nando Reis revisitou seus vários hits, assistido por quatro mil apreciadores de sua obra.
Em 27 de maio, o Capital Inicial fará uma apresentação ali. Será a primeira da banda numa sala de espetáculo em Brasília. Todas as anteriores foram em ginásios de esporte e na Esplanada dos Ministérios.
Para o segundo semestre, naquele auditório, estão programados shows de Paulinho da Viola, Ney Matogrosso, Lulu Santos, Fábio Jr., Almir Sáter, Tiago Iorc e AnaVitória.
No Setor de Clubes Sul, o brasiliense orgulha-se do imponente Centro Cultural Banco do Brasil que, há dois anos, em seu gramado, festejou os 40 anos do Rock Brasil. O festival teve a participação de Paulo Ricardo, Blitz, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho,Titãs, Ira!, Plebe Rude e Biquini Cavadão. No momento está em cartaz, no teatro do CCBB, o musical Salvador, anoiteceu é carnaval, com sessões superlotadas.
O Feitiço das Artes (306 Norte), que levou adiante o legado do histórico Feitiço Mineiro e a Mundo Vivo Galeria (413 Norte) são de grande importância para para cantores, músicos e grupos vocal e instrumental levarem ao público o trabalho que desenvolvem.
Há pequenas salas e espetáculo localizadas na Asa Sul, entre elas Teatro Sílvio Barbato/ Sesc (Setor Comercial),Outro Calaf (Setor Bancário), Teatro Ary Barroso/ Sesc (504), Infinu Comunidade Criativa (506), CTJ Hall da Casa Thomas Jefferson (entrquadra 706/906), Sala Marco Antônio Rodrigues,do Espaço Cultural Renato Russo (508), UK Brasil (411). Todas costumam desenvolver interessantes programações. Um No Casa Park, há oito meses funciona o Espaço Casa que, nas tardes de domingo, desenvolve uma programação musical bem eclética. Já se apresentaram ali as bandas Let it Beatles e Gipsy Jazz Club, os grupos 7 na Roda e Sabor de Cuba, o violeiro Roberto Corrêa, além da Orquestra Pizindim, que celebrou naquela sala o Dia Nacional do Choro.
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