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Editorial

Visão do Correio: Os brasileiros e as compras on-line

Mas qual é o perfil do consumidor brasileiro? Quem são os verdadeiros compradores dos produtos asiáticos?

Brasileiros tiveram crescimento no volume de compras no ano, mas aparecem em posição modesta na porcentagem da população que adquiriu algum item nos últimos 12 meses -  (crédito: Unsplash/Reprodução)
Brasileiros tiveram crescimento no volume de compras no ano, mas aparecem em posição modesta na porcentagem da população que adquiriu algum item nos últimos 12 meses - (crédito: Unsplash/Reprodução)
postado em 24/04/2023 06:00

Nos últimos dias, muito se falou sobre a repercussão negativa após a decisão do governo federal de taxar empresas asiáticas e, consequentemente, acabar com a isenção do imposto de importação nas encomendas relativas a pessoas físicas no valor de até US$ 50. O barulho feito nas redes sociais formadas por milhares de consumidores desses produtos (chineses, coreanos etc.) — surtiu efeito e a equipe econômica voltou atrás.

Na quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a se reunir com representantes da empresa de e-commerce chinesa Shein e anunciou a criação de 100 mil empregos em terras brasileiras, além da nacionalização de 85% dos produtos da gigante do comércio eletrônico, e a promessa de que, em quatro anos, a produção será toda no Brasil.

Mas qual é o perfil do consumidor brasileiro? Quem são os verdadeiros compradores dos produtos asiáticos? Uma recente pesquisa produzida por uma plataforma de gestão de fretes, a Melhor Envio, apontou quais são os produtos que os brasileiros mais compram na internet. A empresa conta, atualmente, com sete transportadoras integradas, que são: Correios, Jadlog, Latam Cargo, Azul Cargo Express, Via Mundo, Buslog e Loggi.

Esse cenário foi bastante impactado positivamente ao longo da pandemia da covid-19, já que as compras on-line passaram a fazer parte do dia a dia dos consumidores, refletindo em resultados exponenciais. Segundo o estudo, os tipos de produtos preferidos dos consumidores, ou seja, mais enviados pelos lojistas de e-commerce, são, nesta ordem: moda, joias e relógios, mais categorias (inclui brindes, nicotina, incenso etc.), beleza e cuidado pessoal, entretenimento e lazer.

A pesquisa, feita em 2020 e 2021, mostrou que a moda foi o destaque do ano, com 5,8 milhões de produtos intermediados pela empresa — o que correspondeu a 24% de share de participação em relação ao total de itens, que alcançou mais de 24,8 milhões. Nessa categoria, está o mercado de bolsas, calçados, vestidos, camisetas, calças e blusas.

Joias (brincos, colares e pulseiras) e relógios chegaram a 2,4 milhões de produtos enviados, seguidos por categorias diversas (brindes, nicotina, incensos), com 2,2 milhões; beleza e cuidado pessoal (perfume, sabonete, gel e xampu), com 2,1 milhões; e, em quinto, entretenimento e lazer (livro e boneca), com 1,9 milhão de produtos intermediados pela empresa.

Com base na pesquisa acima, especialistas em e-commerce garantem que as compras on-line só tendem a crescer, mesmo com a retomada definitiva do comércio físico. No entanto, juntamente com esse mercado em expansão, o número de fraudes também aumenta em escala exponencial.

Dados do Mapa da Fraude, realizado pela ClearSale, revelam que o e-commerce brasileiro registrou 5,6 milhões de tentativas de fraudes ao longo de 2022, 4,8% a mais do que em 2021. O estudo analisou 312,2 milhões de pedidos de itens no setor. Ao que parece, não serão as tentativas de fraudes que farão os consumidores abandonarem a praticidade das compras on-line.

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