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Música

Artigo: Um pop star

Paulo Ricardo -  (crédito: Divulgação/TV Globo)
Paulo Ricardo - (crédito: Divulgação/TV Globo)
postado em 21/03/2023 06:00

Acredito que pessoas da nova geração tomaram conhecimento do cantor e compositor Paulo Ricardo por meio de Vida real, canção criada sob encomenda para ser tema do programa televisivo Big Brother Brasil, chamado popularmente de BBB.

O paulistano Paulo Ricardo, filho de militar que, adolescente, morou em Brasília, na 209 Sul e estudou na Escola de Música, surgiu com destaque como roqueiro na primeira metade da década de 1980, enquanto líder e vocalista do RPM e autor (ao do pianista Luiz Schiavon) das músicas do LP Revoluções por minuto.

Com cinco milhões de cópias comercializadas, esse disco, lançamento do selo Epic, da gravadora CBS (atual Sony Music), é o recordista de vendagem na história da música popular brasileira. O feito foi impulsionado por hits como Louras geladas, Olhar 43, Rádio Pirata e faixa que dá nome ao álbum.

No período da pandemia da covid-19, além de fazer lives, lançar vídeos, e de compor canções, Paulo Ricardo idealizou Voz, violão e rock'n'roll, CD que traz no repertório versões cruas, mais despojadas, de clássicos do RPM; London London (Caetano Veloso), Dois, feita com Michael Sullivan; e a inédita Vibe, em que tem o baiano Bruno Caliman como parceiro; e também Flores astrais, sucesso do Secos & Molhados.

Fui espectador de três shows do RPM, todos à época do lançamento do Revoluções por minuto. O primeiro, em área externa da extinta Academia de Tênis, com a presença de uma multidão; o segundo no Circo Show, instalado, à época, ao lado do ParkShopping; e o terceiro no saudoso Canecão, point de quem curtia boa música, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Este, com direção de Ney Matogrosso, que sugeriu a inclusão de London London no set list.

Já com o cantor em carreira solo, o assisti em apresentação numa antiga casa noturna no Lago Sul. Recordo-me que, ao final do show, o pop star foi assediado por moçoilas e senhoras. Mesmo sendo simpático com as — digamos — fãs, até onde pude perceber, ele se limitou a autógrafos, deixando-as um tanto quanto frustradas.

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