Neste mês, as mulheres estão mesmo em evidência. Além do Dia Internacional da Mulher, na quarta-feira, cinco dias depois, 13 de março, é o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. Junto às datas, o Ministério da Saúde lançou duas campanhas nacionais - Março Amarelo e Março Lilás - com foco na prevenção do câncer de útero e no combate à endometriose (doença que ocorre quando o endométrio cresce para além da parte interna do útero), respectivamente.
Os dois problemas atingem diretamente o corpo feminino, e as datas servem para alertar para a importância da vacina, no caso do combate ao papilomavírus humano (HPV), que causa o câncer de útero, e de exames ginecológicos regulares para a detecção precoce da endometriose. O câncer de útero é a terceira doença mais frequente entre a população feminina no Brasil, atrás apenas do câncer de mama e de colorretal. E a endometriose afeta mais de sete milhões de brasileiras.
Na semana passada, uma triste realidade. Foram divulgados novos números sobre a violência contra as mulheres, que mostraram um crescimento de brasileiras vítimas de agressões — 18,6 milhões de ocorrências em 2022.
Na última quinta-feira, também entrou em vigor a lei que dispensa o aval do cônjuge para a realização da laqueadura, para mulheres, e vasectomia para homens. Um dos dispositivos da Lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996, referente ao planejamento familiar (sim, de 27 anos atrás) foi revogado, retirando a exigência de consentimento expresso de ambos os cônjuges para que ocorra a esterilização, o que corresponde a um avanço para os direitos reprodutivos, especialmente no caso das mulheres, liberando a esterilização durante o parto e dando a elas o direito de decidirem sobre o método contraceptivo que melhor lhes convêm.
O dia 8 de março se aproxima, e é promessa do presidente Lula apresentar nesta data uma lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, embora a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) vede a discrimação salarial por gênero desde 1943. Muito mais do que uma questão de gênero, esse abismo salarial recai sempre sobre a maternidade, período em que geralmente as mulheres interrompem a labuta para cuidarem da prole, o que não ocorre com o sexo masculino.
Se nos concentrarmos nos dados do Ipea (2020) — são mais de 34 milhões de famílias chefiadas por mulheres no Brasil — é possível dizer que grande parte desse universo feminino é penalizado por ser mãe, por não ter com quem deixar seus filhos para poder conduzir a própria carreira.
Saiba Mais
E ainda há quem culpe a maternidade pela queda do rendimento profissional dessa mãe, ao invés de traçar estratégias para acolher a mulher nesse momento tão importante de formação de uma família.
A começar pelas pautas citadas acima, a mulher enfrentará vários desafios ao longo de 2023, assim como nos próximos anos ou mesmo décadas. E não somente no lado pessoal. No mercado de trabalho, as batalhas continuam. Em ambas as esferas, a impressão que se tem é de que são lutas eternas.
<h3>Notícias no seu celular</h3>
<p>O formato de distribuição de notícias do <strong>Correio Braziliense</strong> pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato <em>Comunidades</em>, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do <strong>Correio</strong>, clique no link abaixo e entre na comunidade:</p>
<li><a href="https://chat.whatsapp.com/Ej1H0EWVUNdHcLsdEpVh5T" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Clique aqui e acesse a comunidade do Correio no WhatsApp</a><br /></li>
<p>Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.</p>
<h3>Cobertura do Correio Braziliense</h3>
<p>Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o <strong>Correio Braziliense</strong> nas redes sociais. Estamos no <a href="https://twitter.com/correio" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Twitter</a>, no <a href="https://www.facebook.com/correiobraziliense" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Facebook</a>, no <a href="https://www.instagram.com/correio.braziliense/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Instagram</a>, no <a href="https://www.tiktok.com/@correio.braziliense" target="_blank" rel="noopener noreferrer">TikTok</a> e no <a href="https://www.youtube.com/channel/UCK3U5q7b8U8yffUlblyrpRQ" target="_blank" rel="noopener noreferrer">YouTube</a>. Acompanhe!</p>
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br