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Economia

Artigo: Perspectivas positivas no mercado imobiliário

30/01/2018. Crédito: Breno Fortes/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Mercado Imobiliário no DF. Foto aérea feita de drone de prédios de Águas Claras. No detalhe o metrô na estação Águas Claras. -  (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
30/01/2018. Crédito: Breno Fortes/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Mercado Imobiliário no DF. Foto aérea feita de drone de prédios de Águas Claras. No detalhe o metrô na estação Águas Claras. - (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
postado em 06/03/2023 06:01 / atualizado em 06/03/2023 07:26

Cecilia Cavazani - Co-CEO da Construtora Cavazani e integrante do Amazonita Clube

O setor da construção civil é um dos mais estratégicos e essenciais que movimentam a economia brasileira. Pela importância na cadeia produtiva, faz girar fornecedores de insumos e é um dos setores que mais empregam e geram renda aos brasileiros. O estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção - terceiro trimestre de 2022, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) apontou que os resultados do PIB da construção civil no 2º trimestre de 2022 superaram os da economia nacional em todas as bases de comparação e mostraram que o setor apresenta alta há oito trimestres consecutivos. O resultado acumulado em quatro trimestres, comparado com os quatro trimestres anteriores, mostra um crescimento do segmento de 10,5% contra 2,6% do PIB do país.

Dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras e Imobiliárias em parceria com a Deloitte apontaram que, no primeiro semestre de 2022, o número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 18% em comparação com o mesmo período de 2021. Ao todo, foram vendidas 87.655 unidades. E grande parte do resultado positivo está relacionada ao Programa Casa Verde Amarela, que voltará a se chamar Minha Casa Minha Vida.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) anunciou que a construção civil gerou 194.444 novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022. O número de trabalhadores formais no setor cresceu 8,42%, passando de 2,3 milhões no final de 2021 para 2,5 milhões, o que corresponde ao segundo melhor resultado do período 2012-2022, perdendo apenas para 2021.

Com expressivos índices, podemos enxergar uma perspectiva positiva para 2023, principalmente para as operações de construção no Programa Federal Minha Casa Minha Vida recém-relançado pelo governo. Há uma série de estudos para que o programa se fortaleça. Inclusive, o Congresso elevou o orçamento do programa para R$ 9,5 bilhões, bem diferente dos R$ 34,2 milhões previstos. Esse é o início do caminho. Não temos muitas mudanças, mas já dão o impulso. A ampliação do teto para renda familiar de R$ 8 mil, a assinatura eletrônica dos contratos e o ministro das Cidades que já sinalizou para um possível aumento no valor da unidade.

A mudança dá energia. O programa, apesar de ter bons resultados, estava estático. Este novo momento será o primeiro impulso para movimentar o setor de empreendimentos econômicos novamente. Acredito que os projetos para a continuidade do programa devem ser desenvolvidos e amadurecidos, fazendo com que possamos sentir os efeitos a partir do segundo semestre de 2023.

As mudanças feitas em 2022, como o financiamento ampliado para 35 anos e a utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento das parcelas são medidas também vistas com bons olhos. Mas é preciso promover ajustes para impulsionar o mercado de empreendimentos econômicos, como estimular a concorrência no mercado de insumos, refletindo na diminuição do preço do metro quadrado construído e garantindo para as empresas margens e o preço mais acessível do imóvel para as famílias.

Estamos cientes de que manter o controle fiscal é necessário para a sustentabilidade do mercado no longo prazo. Há de pontuar ainda que os ajustes mencionados, se forem implementados, alavancarão o mercado de empreendimentos econômicos e não é demais reforçar a importância da moradia de interesse social, afinal, ela preenche vácuos institucionais — gera empregos como vimos nos números — reduz o deficit habitacional das cidades e promove a transformação econômica da região. Mais do que isso: reduz danos ambientais causados por ocupações irregulares e habitação precária em área de preservação ambiental.

Fornece o saneamento básico, com as instalações corretas de redes de coleta de esgoto. Muda o cenário do local em que foi construída. É, por tudo isso, que até mesmo o governo entende a necessidade de dar continuidade ao programa. Seguimos com expectativa positiva para um crescimento ainda maior do setor imobiliário e da construção civil como um todo.

 

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