violência

Artigo: Maldade infinita

A perversidade humana sempre é capaz de nos surpreender. Assim que nos deparamos com um caso atroz de violência, logo surge outro em escalada ainda maior, inimaginável, estarrecedor. Seres medonhos, malignos perpetram o terror em seu nível mais hediondo, mostrando que a maldade de nossa espécie é infinita.

Aqui no DF, Gabriel, 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6, acabaram alcançados por essa brutalidade. De acordo com as investigações, os últimos momentos de vida deles foram de horror e sofrimento intensos, em um crime pavoroso, que vitimou outros integrantes da família. A barbárie é de tal dimensão que o número de corpos encontrados só aumenta. O pai e o avô das crianças são suspeitos de terem encomendado os homicídios, conforme depoimentos dos executores presos até agora. A ganância teria sido o gatilho para a atrocidade.

Em Monte Santo de Minas (MG), outra crueldade. Um covarde espancou até a morte a própria filha, de 5 anos, e queimou o corpo dela. Na delegacia, o sórdido miserável contou o motivo da selvageria: a menina tinha feito xixi no chão.

A cidade de Aporé, em Goiás, também se deparou com um caso aterrador. Um padrasto matou os enteados de 7, 9 e 13 anos, além da mulher. Depois, cometeu suicídio. Em carta encontrada no local, alegou que "foi uma coisa de momento quente", após uma discussão de casal, "junto com uma depressão". E ainda arrematou que tinha se arrependido.

Infelizmente, esse assassino não sobreviveu para ser punido nesta Terra. Espero, porém, que na outra vida ele receba em abundância o que merece. Mas os homicidas do DF e de Minas estão bem vivos — pelo que se sabe —, aptos a pagar, com severidade, pelas abominações que cometeram. O da cidade mineira já está preso. Aguardamos o mesmo destino para os da capital federal.

É lamentável que nossa legislação "penal" seja tão frouxa. Se rigor houvesse, de fato, todos deveriam apodrecer na cadeia. Como já reiterei neste espaço, assassinos, estupradores e torturadores de crianças e adolescentes jamais deveriam ganhar as ruas novamente. Tinham de permanecer enjaulados até o fim de suas deploráveis existências.

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