2023

Artigo: A palavra é... esperança

Cida Barbosa
postado em 29/12/2022 06:00
 (crédito: jcomp/Freepik)
(crédito: jcomp/Freepik)

Um novo ano está às portas, e com ele expectativas do tamanho do Brasil. A esperança é quase palpável. Esperança de que este país, enfim, será reerguido. Vivemos tempos sombrios, de menosprezo à vida, desrespeito, falta de empatia, propagação de discurso de ódio, políticas públicas dizimadas. Caminhamos para trás. Mas, agora, a reconstrução está à nossa espera. A civilidade nos chama de volta.

Como foram alentadoras as primeiras palavras da futura ministra da Saúde, Nísia Trindade, assim que teve o nome confirmado para a pasta. Soaram como música declarações do tipo "recuperar a cobertura vacinal no Brasil", "fortalecer o Programa Nacional de Imunizações", "estabelecer meta de vacinação para todas as faixas etárias", "pensar a imunização como um esforço nacional, que vai passar pela saúde, pelas escolas , pela área de desenvolvimento social". Providências logo para as primeiras semanas no cargo. Que evolução para o país. Nada de negacionismo científico, de tentar demover a população de se proteger, de emitir sinais dúbios sobre imunização — como fizeram autoridades do atual governo.

Pressa também demonstra o futuro ministro da Educação, Camilo Santana. As prioridades na pasta serão a alteração dos valores destinados à merenda dos colégios "para garantir a segurança alimentar nas escolas", e a expansão do ensino integral e de creches e pré-escola. Há muito trabalho a ser feito no setor. É preciso enfrentar os graves retrocessos promovidos pela pasta e os impactos causados aos alunos pelo afastamento dos estabelecimentos de ensino, por causa da covid-19. Nesse ponto, os mais prejudicados, como sempre, foram os de baixa renda. Tanto em relação aos estudos quanto à alimentação.

Olhos fixos, também, no Ministério do Desenvolvimento Social. O futuro ministro Wellington Dias tem a missão hercúlea de retirar o Brasil novamente do mapa da fome. É compromisso assumido garantir que todos os cidadãos façam, ao menos, as três refeições diárias. Hoje, há 33 milhões de famintos, inclusive crianças. Um cenário de desespero.

É claro que, ante tantos e tamanhos retrocessos, a recuperação não se dará prontamente. São múltiplos os desafios, e ninguém tem o condão de mudar o panorama rapidamente. Mas parece haver, sim, determinação para trabalhar e vontade de fazer. Vem daí a esperança de melhores tempos. Que eles comecem a chegar em 2023. Contribuir e cobrar serão missões nossas.

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