Eleições 2022

Opinião: Que país será este?

ORLANDO THOMÉ CORDEIRO - Consultor em estratégia

Refleti bastante antes de escrever este artigo e resolvi fazer uma seleção de palavras e expressões muito presentes nos noticiários acompanhadas dos respectivos significados. Vamos a elas.

Misoginia — repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres; forma de aversão à mulher centrada em uma visão sexista, que a coloca em uma condição de subalternidade em relação ao homem.

Homofobia — aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio ou preconceito que algumas pessoas ou grupos nutrem contra homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais.

Violência — uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra outra pessoa, um grupo ou comunidade que resulte em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação.

Autocracia — regime político em que as leis e decisões são baseadas nas convicções do governante. Na autocracia, o poder do líder é absoluto e ilimitado, e o governo acaba por ter suas políticas confundidas com as ações pessoais do autocrata, como uma personalização do poder.

Racismo — conjunto de práticas de uma determinada raça ou etnia que, estando em situação de favorecimento social, coloca outra(s) raça(s) em situação desfavorável, enquanto exaltam, direta ou indiretamente, a sua própria.

Xenofobia — comportamento de hostilidade e ódio manifestado contra pessoas por elas serem estrangeiras (ou por serem enxergadas como estrangeiras).

Grilagem — é a prática criminosa que envolve invadir, ocupar, lotear e obter ilicitamente a propriedade de terras públicas sem autorização do órgão competente e em desacordo com a legislação; é a invasão de terras públicas para apropriação particular, por meio de desmatamento e violência, com ou sem fraude documental.

Cultura armamentista — incentivar a liberação para aquisição de armas pela população em geral.

Milícia — grupo de policiais e seus membros que atuam como mafiosos, como grupos paramilitares privados, tornando os moradores reféns de seu domínio territorial.

Aporofobia — repúdio, aversão ou desprezo pelos pobres ou desfavorecidos; hostilidade para com pessoas em situação de pobreza ou miséria. (do grego á-poros, pobre, desamparado, sem recursos -fobia).

Intolerância religiosa — forma de violência, física ou simbólica, que tem por objetivo a negação e a supressão de uma religião em detrimento de outra; preconceito associado a algum tipo de violência em que se pretende impedir as pessoas de exercerem a fé.

Falta de empatia — incapacidade de sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela; evita tentar compreender sentimentos e emoções que permitiriam experimentar o que sente outro indivíduo.

Insensibilidade — que não tem capacidade de sentir amor, afeição, emoção.

Desumanidade — ausência de humanidade; atrocidade, crueldade; ato bárbaro e desumano; selvageria.

Escravocrata — defensor da escravatura, do sistema que sujeita alguém à escravidão, à sujeição e à perda de liberdade; escravagista.

Desmatamento — eliminação total ou parcial de qualquer tipo de cobertura vegetal; atualmente, é considerado um dos maiores problemas ambientais.

Mineração ilegal — permitir o garimpo em terras indígenas.

Militarismo — ideologia que defende que a sociedade é mais bem servida quando governada ou guiada por conceitos ou pessoas oriundos da cultura, doutrina e sistema militares.

Desmonte institucional — ataque ao equilíbrio e harmonia entre as instituições da República.

Estado religioso — aquele em que a religião interfere em alguma medida na administração, legislação ou gestão pública; também chamado de Estado confessional.

Ressentimento — sentimento de mágoa e rancor motivado, muitas vezes, por inveja de outrem.

Inculto — desprovido de cultura, de instrução, de erudição; iletrado; incivilizado.

Grosseria — comportamento da pessoa estúpida; excesso de incivilidade; falta de cortesia: sua estupidez o afastava das pessoas.

Iniquidade — alguém que tem um comportamento contrário à moral, à religião, à justiça, à igualdade; mau, injusto e perverso.

No domingo, o Brasil decidirá nas urnas o futuro que a maioria da população deseja para nosso país. É indiscutível que as palavras e expressões acima cabem como uma luva no perfil do atual presidente. Assim, quem, como eu, cultiva o humanismo, a liberdade de expressão, de imprensa e de religião, a diversidade, a cultura, a solidariedade e, acima de tudo, a democracia, só tem um caminho a seguir: apoiar e lutar pela vitória do outro candidato. É a certeza de que teremos eleições livres em 2026.