O mais recente Relatório do Futuro do Trabalho, publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WFE), mostra o que é tendência em 20 economias e 12 setores da indústria. Embora as previsões do último levantamento sejam para 2025, a verdade é que o futuro do trabalho já chegou. Milhares de empresas e emregados, espalhados por todo o mundo, estão transformando empregos, funções e competências. Máquinas e seres humanos estão cada vez mais próximos no que se refere à questão do tempo gasto em tarefas laborais, modificando cada vez mais as cadeias de valor, assim como a força de trabalho.
O relatório traz uma série de outros dados interessantes. Habilidades até então coadjuvantes nos processos de produção agora aparecem em destaque no mercado de trabalho, a exemplo de criatividade e dinamismo.
A demanda por profissionais dinâmicos aumenta entre o rol de habilidades que integram os processos seletivos ou mesmo no momento da contratação e/ou promoção de colaboradores. A criatividade vai figurar entre as cinco habilidades mais valorizadas no universo do trabalho em três anos.
Entre as competências que mais crescem atualmente, segundo o ranking do WFE, estão o pensamento crítico e a inovação; em segundo lugar, o aprendizado ativo e as estratégias de aprendizagem; e na terceira posição, a tríade iniciativa, originalidade e criatividade.
Para 2025, o espectro é ainda maior. Segundo o levantamento, a demanda por novas habilidades incluirá um pensamento analítico aliado ao conhecimento em áreas que envolvam competência tecnológica. Mas sem deixar de lado habilidades essencialmente humanas, como resiliência, flexibilidade e facilidade para solucionar problemas. Inteligência emocional, liderança, influência social, avaliação e análise de sistemas também estão entre as 10 habilidades com tendência ascendente.
As divisões de trabalho também passarão por mudanças significativas nos próximos anos. Mesmo que a grande maioria das tarefas ainda seja realizada por humanos, em termos de horas totais de trabalho, máquinas e algoritmos serão amplamente utilizados em tarefas que exijam raciocínio e tomadas de decisão — sejam em questões administrativas e de busca de informações.
Funções destinadas a homens e mulheres — como comunicação, aconselhamento, coordenação, gerenciamento, entre outras — começarão a ser desempenhadas por máquinas, mesmo que a princípio em menor monta. Aliás, já começaram, a exemplo de processos como automação, digitalização, robotização, análise de big data, tecnologia 5G, machine learning, inteligência artificial e tantos outros termos tecnológicos que avançam diariamente sobre os processos produtivos.
Para dar conta de toda essa parafernália de transformações, o futuro, de alguma forma, precisa de um presente extremamente ativo para tapar as lacunas de habilidades que ainda estão em desenvolvimento, seja por parte dos trabalhadores, seja por suas lideranças. O planejamento e a capacitação profissional serão, sem dúvida, o passaporte para o sucesso.