Jô Soares
Sua morte inegavelmente representa grande perda para a arte e a cultura brasileiras. Tive a honra de ser convidado para ser entrevistado por ele, e essa entrevista foi em 2006, na Globo, em S.P. Na reportagem de domingo, meu nome e o de Campos da Paz, também entrevistado, foram omitidos.
Helcio Luiz Miziara,
Lago Sul
Eleições
Estamos próximos das eleições. Será algo que consolidará a democracia no país. O radicalismo anacrônico não se fará sentir. No frigir dos ovos, acontecerá aquilo que o povo almeja. Um pleito cheio de alternativas, todas elas conduzindo a um Brasil melhor. É lógico que o ódio e a desinformação prejudicam. Uma terceira alternativa seria o desejável, cujas forças, na pior das hipóteses irão constituir uma posição para evitar que erros sejam cometidos. O Brasil precisa de homens de caráter, que pensem no bem da nação. Homens com credibilidade para realizar as reformas, tão necessárias.
Enedino Corrêa da Silva,
Asa Sul
Barulho infernal
Absurdo o que vem ocorrendo, periodicamente, no Taguaparque, nessa importante área de lazer e convivência situada em Taguatinga. Na noite do dia 6 último e ao longo de toda a madrugada, os moradores das quadras próximas ao parque tiveram que suportar um barulho infernal. Sim, barulho, porque sequer podíamos identificar qual era a música que tentavam tocar. Era um terrível dum...dum...dum, em alta escala. Para piorar a situação, soltavam fogos no decorrer do evento. Nessas quadras moram inúmeras pessoas idosas e animais domésticos que precisam de maior tranquilidade e respeito. O que também se vê, após tais ocorrências, são inúmeras garrafas quebradas e espalhadas pelas ruas limítrofes. Cadê o poder público, mantido por essa mesma população, que permite tais disparates? Fico a imaginar o que essa comunidade terá que suportar nos próximos dias e meses, até as eleições, devido às parcialidades dos políticos que, aliás, após a existência da CâmAra Legislativa, tornaram as Administrações Regionais suas representações, com evidência em seus interesses maiores e pessoais.
Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
Furtos de energia
As empresas responsáveis pelo fornecimento de energia (Neoenergia, inclusive) nas regiões da Boa Vista e Catingueiro (Fercal) estão sofrendo sérios prejuízos com o furto de energia. Parece que virou um vício. Até transformador não escapa. Este missivista que tem uma pequena chácara no local já teve dois desses aparelhos furtados. O posto da PM que dava um pouco de segurança na Fercal foi fechado e incendiado pela malandragem.
José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Nós decidimos
Reclamamos contra as ruas inundadas durante as chuvas, mas cimentamos todo o terreno em que levantamos nossa casa (se possível com uma área construída equivalente ao dobro da aprovada pela prefeitura). Declaramo-nos estarrecidos com a criminalidade, chocados com a violência no trânsito, mas achamos normal beber antes de dirigir e transformar as ruas (incluindo as faixas de pedestres) em espaço de competição, onde nos sentimos como El Cid derrotando os mouros. Somos esquizofrênicos sociais, divididos entre nossa autoimagem generosa e primeiro-mundista e nossa prática egoísta e autoritária. Enquanto nosso espelho nos mostra bons e cordiais, nosso comportamento nos revela preconceituosos e agressivos. A verdade é que não assumimos as responsabilidades que cabem a quem pertence a uma sociedade complexa, baseada em contratos sociais que só funcionam se são cumpridos por todos. Assim, talvez estejamos mais próximos de nos tornarmos uma Arábia Saudita do que uma Suécia. Afinal, riqueza sem vontade política não muda nada a história. Não há países que estão quase afogados em petróleo e continuam ostentando gritantes diferenças sociais? Ásia, África e mesmo América do Sul têm ótimos exemplos. Queremos, de fato, educação, saúde, justiça e segurança para todos? A pergunta que incomoda é: nós queremos, de fato, mudar? Sonhar grande é insuficiente, embora possa aplacar algumas consciências. Mudar implica dar materialidade a esse sonho, pedra a pedra. Mais difícil do que fazer com que o país se torne rico e poderoso será construir uma nação de cidadãos, com direitos iguais, sem populismo que tem servido para escamotear as desigualdades, por meio, de programas paliativos. Cabe a nós decidir.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras