Sistema eleitoral
Em mais uma investida contra o sistema eletrônico de apuração de votos, está sendo propalado um vídeo que mostra um sujeito que, após pagar por sua aposta na loteria, cobra do lotérico o recibo (do volante do jogo), o que lhe é negado. Argumenta o vendedor do bilhete que "o sistema é seguro" e que, por isso, não precisa de comprovante. Com esse vídeo, os minions (sempre eles!) insinuam analogia com a falta de recibo para o voto dado por meio de urna eletrônica. Só que não! A venda de bilhetes de loteria envolve uma relação de consumo, em que um de seus elementos é justamente que a operação ocorra ao amparo de emissão de documento fiscal ou comprovante. Desde quando o ato de votar é relação de compra e venda? Esse ato cívico consta do Código de Defesa do Consumidor, por acaso? A pretensa relação entre os fatos é tosca e consiste de falsa analogia. Ademais, por preceito constitucional, o voto é secreto. A outra questão implícita é que querem questionar o sistema de votação pela não emissão do comprovante de voto, só que não de novo! Se querem fazer exercício de "questionamento ao sistema", que estudem o código fonte! Ele é aberto a todos, desde o dia 12/08/2021 — portanto, há um ano disponível para análise — e até agora nada comprovado contra o dito código.
Marcos Paulino
Vicente Pires
Jô Soares
Jô Soares dignificou sua passagem. Humor, inteligência, alma leve. Modelo exemplar da espécie humana, ao contrário de tanto projeto de gente que vimos escapar dos esgotos nos últimos tempos.
Francicarlos Diniz,
Asa Norte
Assisti ao Jô Soares em várias madrugadas. Era sempre dele o último boa-noite. E, em uma madrugada, ele nos deixou. Descanse em paz!
Ricardo Santoro,
Lago Sul
Anos atrás, um jornal inglês promoveu um concurso público para selecionar e premiar o autor da frase mais original e espirituosa que gostaria que fosse inscrita na sua lápide — e ganhou o certame o leitor que propôs o seguinte achado: "Eu não falei que estava doente?". Na sequência, o consagrado personagem televisivo Jô Soares, comentando essa enquete e convidado a oferecer a sua contribuição a respeito, saiu-se, genialmente, com essa: "Enfim, magro."
Lauro A. C. Pinheiro
Asa Sul
Samba político
A jornalista Circe Cunha, de caneta afiada, tem umas variações sobre samba interessantes. Ela cita Chico Buarque: "Deixe em paz meu coração..." Diz que só pode haver progresso quando o povo é objeto e fim do desenvolvimento. Fala em amor à bandeira, com seu "Ordem e Progresso". Em pureza de princípios. E emenda sobre os desacertos do passado. E que falta gente para fazer valer a lei. Pois tá faltando mesmo. Passado? Não! Hoje, temos desvio de dinheiro público em causa própria. "Desde a compra de parlamentares" "vide orçamento secreto e outras mutretas", "pilhagem de estatais e o velho esquema de parcerias" "vide as dotações orçamentárias da 'saúde'". São velhos truques do presente! A metamorfose ambulante dos parlamentares e de seu chefe do cercadinho. "Tinha para mim que vivia, sim, um grande amor?" Mentira!
Thelma B. Oliveira
Asa Norte
Deputado na Copa
Falta do que fazer, cara de pau e picaretagem descarada, a iniciativa da Câmara dos Deputados criando grupo de trabalho para acompanhar a participação do Brasil na Copa do Mundo, no Catar. Até as pedras das ladeiras mais esburacadas, dos vilarejos mais distantes, sabem que o interesse maior dos cretinos deputados é obter mordomias da CBF para flanar em Catar. Ridículos e patéticos. É o fim da picada. O futebol brasileiro não precisa de caravanas de "torcedores" tão desprezíveis.
Vicente Limongi Netto
Lago Norte