» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 12/08/2022 00:01

Cartinha

No começo da pandemia de covid-19, tudo não passava de uma "gripezinha", que, no fim das contas, matou quase 700 mil brasileiros e ainda há 34 milhões de infectados. Hoje, ante as ameaças de golpe, a defesa da democracia e do Estado de direito é só uma "cartinha". No entanto, o Largo de São Francisco ficou lotado de brasileiros para leitura da "cartinha" em defesa da democracia, dando ao 11 de agosto mais um motivo para permanecer como data histórica na política do Brasil. A "cartinha", com quase um milhão de assinaturas, repudia qualquer iniciativa que tente assassinar a democracia e ressuscitar a ditatura militar, um dos períodos mais infames e pleno de atrocidades contra a vida. O Palácio do Planalto pode até se fazer de desentendido, mas sabe que as manifestações que ocorreram nas principais cidades brasileiras são de repúdio ao seu governo bolsonarista. A "cartinha" — Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, elaborada pela Universidade de São Paulo — uniu trabalhadores e empregadores, pessoas de todas as camadas da sociedade brasileira, ao lado de outras iniciativas semelhantes que estão espalhadas pelo país. A arrogância, a incompetência e a provocação de crises com os poderes da República e com os mais diversos setores da da sociedade levarão o bolsonarismo à derrota. Os brasileiros querem um país grandioso, não um "Brasilzinho". Nada no diminutivo. Chega de autoritarismo e de violência do poder público contra os cidadãos.

Leonora Lima

Núcleo Bandeirante

Irmã Dulce

Está chegando o 13 de agosto, grande acontecimento para nós brasileiros. Neste sábado, será celebrada a festa de Santa Dulce dos Pobres, a religiosa baiana que dedicou sua vida a serviço de pobres e doentes e foi canonizada em 13 de outubro de 2019, pelo papa Francisco, em cerimônia no Vaticano. Irmã Dulce — dessas que não nascem mais — teve reconhecidos dois milagres: teria estancado uma violenta hemorragia de uma dona de casa sergipana e curado instantaneamente a cegueira de um homem de 50 anos. Irmã Dulce é "ideal de igreja". Irmã Dulce é síntese de generosidade, solidariedade, amor e compaixão. Sua ação conseguiu ultrapassar os limites da sua existência terrena, pois se eterniza em cada um que mantém vivo seu legado de amor ao próximo. Não há como não se emocionar com a história do "Anjo Bom da Bahia". Dulce dos Pobres é o exemplo maior de amor que a Bahia já teve! A fragilidade de Irmã Dulce era apenas aparente. A miudinha freira, raro exemplo de bondade e amor, foi arquiteta de uma das mais notáveis obras sociais do Brasil. Hoje, Irmã Dulce é santa. Que a vida dessa mulher, frágil de saúde e forte de determinação, nos encoraje a fazer o bem. Sem concessões. Irmã Dulce levou o nome santo de Santa Dulce dos Pobres e seu dia é celebrado sempre no dia 13 de agosto, a partir de 2020.

José Ribamar Pinheiro Filho,

Asa Norte

Lava-Jato

Por decisão do Tribunal de Contas da União (CB, 9/8), os ex-procuradores da República, Rodrigo Janot, Deltan Dallagnol e Vicente Romão terão que ressarcir os cofres públicos a quantia de R$ 2,8 milhões por dinheiro gasto com diárias e passagens pela força tarefa da Operação Lava-Jato. Interessante. E os bilhões devolvidos, aos mesmos cofres públicos, que eles conseguiram ressarcir, por conta dos seus trabalhos no combate a essa corrupção endêmica que assola o nosso país. Não conta? Que estímulos outros terão para continuar nessa luta? Fez-me lembrar um dos bordões do Jô: "Que país é este?"

Vilmar Oliva de Salles,

Taguatinga

Bofetada

A população brasileira recebeu novo tapa na cara, por parte daqueles que deveriam zelar pelo povo, que paga as suas mordomias. Refiro-me ao novo aumento perpetrado na surdina pelos ministros do STF, que nos envergonha. Muita cara de pau, mormente diante do estado de penúria que vive grande parte dos brasileiros. Reclamar a quem ? Só se for ao bispo, como diz o adágio. Quanto a eles, não adianta reclamar, espernear, são totalmente insensíveis. Foi por isso que uma brasileira, residente na Suécia, vendo o presidente da suprema corte daquele país caminhar na rua, depois de descer do transporte coletivo, rumo ao trabalho, abordou-o e revelou as baixarias dos homens do poder no Brasil. Em dado momento, o ministro pediu para parar o relato, cansado e incrédulo, e ainda chamou-a de mentirosa, porque, segundo ele, em qualquer lugar do mundo, o povo já teria retirado essas pessoas de onde se encontram.

Humberto Pellizzaro,

Asa Norte

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags