Por muitas vezes, falei aqui neste espaço sobre como o humor é fundamental na minha vida. Aliás, creio que não só para mim. Riso é remédio até para hora triste. Sempre cultivei a alegria e ainda o faço, mesmo que sejam tempos difíceis para ela sair brotando por aí. Algumas sementes hão de vingar.
Eu me lembrei disso na última sexta-feira, quando Jô Soares nos deixou aos 84 anos. Ninguém é um semeador de risos à toa. Sua despedida não podia ser diferente. Cobrimos o dia de lamento com muitas e muitas risadas, revendo os momentos primorosos da carreira de Jô. Entrevistas deliciosas, programas históricos, quadros de comédia sensacionais.
Jô foi e continuará sendo um grande artista. Lembrado pela veia humorística, mas também pela inteligência, preparo, sagacidade, dedicação ao ofício — aos ofícios, afinal eram tantos e múltiplos talentos, incluindo o de entrevistador. Merece mesmo grandes homenagens.
Ao saber da morte dele, passa meio que um filme na cabeça. Momentos icônicos, como a reunião de Hebe Camargo, Lolita Rodrigues e Nair Belo, ou a apresentação de Os Melhores do Mundo, com a esquete sobre Joseph Climber, que fez o grupo brasiliense viralizar.
Sempre que me lembrar de Jô Soares, vou ouvir o barulho bom de risadas. E eu vou rir também e isso vai fazer bem para a minha saúde física e mental. Há estudos científicos que provam os benefícios de um ataque de riso para o coração, por exemplo. Rir melhora a ventilação pulmonar, a função vascular e a circulação sanguínea, li num artigo. Há quanto tempo você não chora de tanto rir? Além de ser uma boa sensação, uma gargalhada gera estímulos diversos no organismo, provocando até mudanças hormonais.
Nesse período de tantos conflitos, confusões, desumanidade, o humor e a arte seguem nos salvando, nos levando pela mão para lugares de paz, alegria e energia vital. Quando tiver naquele baixo astral, reúna seus amigos engraçados para umas boas risadas. Vai ser curativo.
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