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Correio Braziliense
postado em 31/07/2022 00:01

Dia do Cérebro

A charge do CB (22/7) faz menção ao Dia Mundial do Cérebro. Tão ilustrativo quanto um editorial, o chargista explanou com o desenho de um braço malhando com um haltere, cujos pesos laterais são livros, que a leitura é uma das principais ferramentas para o fortalecimento de um dos órgãos mais vitais do ser humano. Os livros ali representados, simbolizam que são meios indispensáveis ao desenvolvimento intelectual das pessoas e, por tabela, da sociedade. Isso é cristalino. Há fartas pesquisas corroborando a assertiva. No entanto, há certas obviedades que não são levadas em consideração. Refiro-me às políticas públicas inerentes ao universo da leitura. A hipertrofia da ignorância de certas autoridades leva ao cometimento de desastres culturais. Fechar uma biblioteca é, no mínimo, insensatez. Fechar duas bibliotecas é obscurantismo. Mas fechar quase 800 bibliotecas, é crime de lesa-pátria. Foi o que ocorreu com as 764 bibliotecas fechadas no Brasil entre 2015 e 2020, conforme noticiado no portal G1 em 16/7/2022. Não importa se os responsáveis, ou melhor, os irresponsáveis, são autoridades municipais, estaduais ou federais. É crime coletivo. Quem não tem condições de comprar livros pode recorrer às bibliotecas públicas. A conexão com o mundo via computadores poderia estar disponível para comunidades carentes. A estreiteza mental dessa gente que despreza os serviços de uma biblioteca denuncia por si só que elas não fazem parte do dia do cérebro expresso pelo chargista. Atrofiam o país rumo ao desenvolvimento. Quando muito, leem as páginas dos jornais que lhes são motivos de afano. A frase clássica de Monteiro Lobato é: "Uma nação se faz com homens e livros". Complemento: com livros lidos!

Eduardo Pereira,

Jardim Botânico

Baixa do combustível

Depois das três indicações de presidentes da Petrobras, o Executivo Federal, maior acionista da Estatal, indicou o quarto nome — Caio Mário Paes de Andrade — e, desta feita, constatamos a maravilha de escalada na baixa da gasolina e etanol. Vamos torcer para que seja desenvolvida estratégia na mesma direção, em breve, em relação aos óleos S-10 e S-500. Antes, parecia até algo estranho, naquele Conselho de Administração, quando vimos os anseios do governo federal e da população, sendo levados somente no campo de meras expectativas. E sempre é tempo para se agir em boas gestões a favor da população mais carente de nosso país, como é o exemplo patriótico e muito necessário com a aprovação, no Congresso Nacional, da maior PEC de benefícios ao povo brasileiro.

Antônio Carlos S. Machado,

Águas Claras

Cenário político

Tratar da realidade política e social imediata é o duro trabalho do jornalismo diário na sua luta sempre incerta por desvendar objetivamente os fatos. Não é tarefa fácil para o jornalista, quando se aventura na área do registro realista e transparente com a lisura do texto escrito. Especialmente no momento agudo que vive o Brasil, ao escolher essa pedreira fugaz como objeto haverá sempre o risco do jornalista resvalar para o meramente datado, o esquematismo político ou, pior ainda, o panfleto constrangedor e moralizante das boas intenções. Ao longo de um texto, que agarra o leitor do começo ao fim, permanece sempre uma discreta pungência no personagem arrolado, que o impede de se entregar por completo ao conforto da crítica, ao puro cinismo ou mesmo à simples indiferença defensiva. No jornalismo, não é a suposta transparência e pureza da verdade que está em jogo, mas as pessoas que pensam sobre ele, vivendo o caos das relações conflitantes entre os interesseiros pelo poder. Cenário tão arisco, quanto o desenrolar político nacional, no qual a sociedade vivenciará até 2 de outubro.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Corrupção

Pesquisa do Datafolha constata que 73% dos eleitores reconhecem que há corrupção no governo Bolsonaro. Não é só no governo dele. A roubalheira existe desde que os colonizadores chegaram no país. De lá pra cá, não houve um governo em que não houvesse desvios de recursos públicos. Antes de chegar ao poder, o PT garantia "não roubo nem deixou roubar". No poder, pelo menos dois grandes escândalos, mensalão e petrolão, retiraram do partido a virtude da honestidade. Bolsonaro disse que no governo não haveria corrupção. Houve e muito, a começar pelos integrantes do ambiente doméstico, que ele se desdobra para blindar. O importante agora é dar um "tchau, querido" para o bolsonarismo e eleger alguém para reconstruir o país que está em frangalhos. Corruptos sempre existirão, lamentavelmente.

Maria Amélia Vegas,

Asa Sul

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