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Correio Braziliense
postado em 27/07/2022 00:01

Saneamento

A urgente redução da miséria em nosso país, associada a não menos gritante necessidade de distribuição de renda, são condições "sine qua non" para a desejada e merecida paz social. Estudos das principais universidades do país atestam que, com o novo marco legal, os investimentos em saneamento saltaram e hoje superam inclusive os valores que são investidos em telecomunicações. É um alento por óbvio, mas, como o abismo é gigante, seriam necessários muitos anos para que cheguemos em níveis aceitáveis de civilidade. Cuidar do saneamento em favelas é a maior inovação que podemos ter no setor, pois se trata, ao final, de sanearmos nossa história como nação. Eliminar as mazelas de uma sociedade desigual e egoísta. Inovação somente é inovação se vier casada com inclusão. Somos um dos países mais desiguais do planeta. A desigualdade tem sido uma característica permanente da nossa estrutura econômica e social. Sobre triste mazela, O cortiço (1890), escrito por Aluísio Azevedo (1857-1913), já retratava: "O verdadeiro tipo da estalagem fluminense, a legitima, a legendária; aquela em que há um samba e um rolo por noite; aquela em que se matam homens sem a polícia descobrir os assassinos; viveiro de larvas sensuais em que irmãos dormem misturados com as irmãs na mesma lama; paraíso de vermes, brejo de lodo quente e fumegante, donde brota a vida brutalmente, como de uma podridão". A pobreza, resultado da combinação de fatores socioeconômicos e políticos diversos, revela-se uma das mais perversas — e históricas — faces da desigualdade social que vem exigindo, para além da identificação de suas causas, a descoberta de alternativas criativas para sua superação.

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

Para reflexão

Nada como olhar com cuidado cada uma das partes de alguma coisa para ter ideia mais exata do todo. A máquina pública brasileira, como foi revelado fatos trazidos à luz do Sol, transformou-se durante 13 anos e meio dos governos de Lula e Dilma Rousseff no maior pesqueiro privado do mundo para o desfrute de ladrões do erário. Era chegar à beira da água, jogar o anzol e sair com uma refinaria da Petrobras, uma hidrelétrica no Xingu ou mesmo um trem-bala, se você fosse uma empreiteira amiga íntima do presidente da República como a Odebrecht, as OAS, as Andrade Gutierrez, assim como, um patrocínio de um show de axé no interior do Nordeste. Roubaram-se sangue humano dos hospitais, leite das crianças nas escolas e sondas para encontrar petróleo no fundo do mar. Compraram-se com dinheiro dos fundos de pensão das estatais, de ações de empresas falidas. Pense, em resumo, numa insânia jamais cometida na história mundial da corrupção. Muito bem: pense e julgue as demonstrações de demência praticadas pelo governo petista com o seu dinheiro. Dará para perceber a dimensão delirante a que chegou o "todo" na transferência de recursos públicos para interesses privados e para países como Cuba, Venezuela, Angola, Argentina, Bolívia, ao longo dos 13 anos e meio do governo petista. É a grande lição do manual de instruções que o PT deixou como herança. Pense e julgue! A algibeira vermelha deve voltar?

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Controvérsias

Eduardo Cunha candidato. Pasmem! No mínimo, ele é um ficha suja, e não poderia participar da política e, muito menos, das eleições. Ele participou do impeachment de Dilma Rousseff, que o tachou de ditador. São esses desfechos que ocorrem e pouco depois se modificam. Aquele que era corrupto encontra chance em política. A ex-presidente Dilma Rousseff apresentou uma ponta no iceberg da corrupção. Não é a maior devedora, embora com pouco tirocínio político e de administração.

Enedino Corrêa da Silva,

Asa Sul

Tolice

Bebel Gilberto, filha de João Gilberto, deve ter usado algum produto que atrapalhou seu discernimento ao se apresentar em evento musical nos EUA. Ela prestou um serviço inestimável aos bolsonaristas-raiz, tipo Carla Zambelli e Mario Frias, representantes dos seguidores do "mito", que se julgam no direito de considerar que os símbolos da República pertencem ao seu partido. Que moça tola! Uma vergonha dar munição à tropa de choque do "despresidente".

Jane Araújo,

Noroeste

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