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Rock Brasil

O evento Rock Brasil 40 anos, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), deu para provocar a memória de qualquer um que tenha vivenciado o universo musical da década de 1980. Como o crítico musical do CB, Irlam Rocha Lima, minha mente navegou, pelas provocações das letras das músicas de então. A interrogação da canção Que País É Esse?, interpretada por Renato Russo, parece ser um estigma até hoje. É uma indagação que tem resposta com outro gênio do rock oitentista, Cazuza, que de forma dilacerante vociferou em O Tempo Não Para: "transformam um país inteiro num puteiro". A pergunta de Renato Russo, pelo cenário soturno reinante, ficará engatada no esqueleto político do país, porque o tempo não para. Aquela geração do rock era composta basicamente por filhos da classe média. Tinha raiz umbilical com os filhos da contracultura da década de 1970. Explodiram com sucessos questionadores não apenas sobre política, mas também comportamental. Reporto-me aos Titãs, na música Televisão, que expressa: "A televisão me deixou burro, muito burro demais, agora todas coisas que eu penso me parecem iguais". Uma avaliação precursora da internet. Se deixarmos nossa mente vagar, traçaremos um quadro de pulsação, inquietação do pós ditadura militar apenas com essas letras. Mas, abrindo o leque, atende-se a todos os paladares. Da irreverência à zombaria vai-se de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados à Kid Vinil.

Eduardo Pereira,

Jardim Botânico

Damares, a estranha

Se a política no Distrito Federal já é bem conturbada, pois grande parte dos renomados está envolvida em escândalos de corrupção e em tantos outros crimes previstos no Código Penal, é preocupante demais que a ministra Damares tenha trocado seu domicílio eleitoral, de São Paulo para disputar as eleições pelo DF. Ela nada tem a ver com a cidade. Bolsonarista de raiz, ela representa o mais cruel atraso para a capital federal no campo político. Suas propostas são retrógradas, pela sua visão superada e contrária aos avanços conquistados pela sociedade e que têm sido destruídos por este governo nada democrático, mas autocrata e infame. Como se não bastassem os notórios corruptos do DF, que tentam voltar à cena política, ainda vem a Damares para se somar ao que há de pior da escória política local. Santo Deus, livrai-nos deste tormento. O DF e a sociedade local não merecem tamanho atraso, quando a fome, o desemprego e tantos outros problemas sociais assolam a periferia da capital da República. O DF precisa de políticos de vanguarda, que pensem e ajam em favor dos desfavorecidos. Os sucessivos governantes locais não têm projetos voltados ao bem-estar da população. Bajulam e trabalham pelos ricos. Aos mais necessitados, restam migalhas bolorentas.

Leonora Lima,

Núcleo Bandeirante

Caos social

Somos sabedores que a saúde nos estados e municípios brasileiros sempre foi um grande problema. No DF, não é diferente. Os brasilienses estão cansados de ouvir promessas feitas pelos políticos que só querem se eleger e, quando eleitos, esquecem de suas promessas feitas nas campanhas. Foi assim com o governador Ibaneis que nas eleições passadas desbancou os seus candidatos dizendo que era novo na política e que, se eleito fosse, resolveria os problemas da saúde no DF. Não é o que temos visto na rede de saúde, em mais de três anos de gestão Ibaneis foram trocados cinco secretários e a situação só piora. E, ainda, se não bastasse o caos na saúde, temos visto o caos na área social, e os sofrimentos de centenas de famílias em situação de vulnerabilidade financeira que buscam os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), na tentativa de reativar ou fazer o cadastro do CadÚnico e são humilhados, permanecendo em filas quilométricas e nada de atendimento.  

Evanildo Sales Santos,

Gama

Conjuntura pré-eleitoral

Observamos que há casos, naqueles populares "quebra de braços", que podem se chamar de extremos nas ocorrências de nossa República Federativa do Brasil. Há os casos de solturas de presos, antes condenados pelas primeira e segunda instâncias, que tiveram aval da terceira. Depois, há prisões de políticos sem motivações contundentes... No outro lado das vias, há a combustão queimando mal, que se arrasta desde o ano passado, sobre a polêmica tribulação do ICMS sobre derivados do petróleo, que incidem no ato das vendas nos postos. Quem era contra a ideia do governo federal em buscar um projeto para baixar os preços parece que agora quer ficar a favor, em partes, porque há os vilões e as eleições se aproximando.

Antônio Carlos Sampaio Machado,

Plano Piloto