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Correio Braziliense
postado em 31/05/2022 00:01

Cardeal

O Correio Braziliense, de forma especial, nos trouxe matéria sobre "Arcebispo de Brasília será cardeal" (30/5, pág. 13). A semana chegou com a boa notícia de que o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, foi nomeado cardeal pelo papa Francisco. O pontífice fez o anúncio no Vaticano. A cerimônia de nomeação deve acontecer em agosto. Parabéns a dom Paulo Cezar, agora o mais jovem cardeal da Igreja Católica, com 54 anos.

José Ribamar Pinheiro Filho,

Asa Norte

Compostela

Ana Dubeux foi ao céu chileno(29/05). Com o olhar permanente de Maria. Na frente. Sempre. Transbordando em fé e alegria. Realizou o sonho de caminhar até Compostela. Tornou-se peregrina por amor e adoção. Viagem fascinante que Ana detalha na Revista do Correio da semana passada. Na bagagem, o roteiro da fé. Nos tênis, perseverança. Na mochila, ternuras e reflexões. Nos descansos, nos albergues, nas refeições, o estímulo do encantamento. Nos ponches molhados, garoas de estrelas. Nas camisetas, o afago da emoção. No cachecol, o aroma do céu. Nos bonés, a forte vitalidade. Os guarda-chuvas, com tons de anjos. Ana voltou com a volúpia da conquista da paz interior. Com o sentimento do êxito e da completa realização profissional, pessoal e espiritual.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Petróleo

Muito se escreveu sobre efeitos e expectativas de prosperidade com as descobertas de recursos naturais, sobretudo de petróleo. Na maioria dos casos, ao contrário do que diz o senso comum, elas provocam menor crescimento e geram problemas sociais. É o que se chama de "maldição dos recursos naturais" ou também "maldição do petróleo". O FMI estudou o fenômeno em 2017. Citou como exemplo o que ocorreu em Gana, alvo de uma onda de otimismo. Grandes reservas de petróleo e gás foram encontradas entre 2007 e 2010. A bonança deu origem a imprudência, excesso de gastos e, por fim, dívida. O Brasil viveu situação semelhante com as descobertas do "ouro negro" na plataforma de Campos e, depois, no pré-sal. O pré-sal deu origem a más políticas econômicas. De quebra, houve o esquema de corrupção organizada. A maldição do petróleo costuma ocorrer em países onde as instituições são fracas, assim falhando em inibir ações irresponsáveis. A Venezuela, infeliz exemplo, desarranjou-se a partir de 1999, com Hugo Chávez e, ultimamente, com Nicolás Maduro. Já os países dotados de instituições fortes escapam da maldição, gerenciam bem a economia e transformam descobertas em bênçãos. No Brasil, uma diminuta parte dos recursos do pré-sal se destina a um fundo social. São elevadas as pressões para usá-los em mais gastos e transferências a estados e municípios. Felizmente, nossas instituições, incluída a imprensa, são sólidas e podem limitar experiências ruins e, quem sabe, tornar nosso petróleo uma benção.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Bolsonaro-Musk

Quando ética, a política é um sistema-meio para administrar as necessidades do povo. Na contemporaneidade, transformou-se em profissão. Virou uma escada para muitos subirem na vida. O ultraliberalismo oligárquico submete o Brasil à ganância capitalista do empresariado. Mário de Andrade (1893-1945), em Ode ao burguês, já vaticinava: "Eu insulto o burguês-funesto!/O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!/Fora os que algarismam os amanhãs!" (Pauliceia desvairada, 1922). A mão invisível do mercado volta a atacar o bolso visível da população, prometendo mundos e fundos com o chapéu alheio. Assim como a dupla Hitler-Goebbels promoveu o regime nazista, sustentando-se na indecorosa tese de que "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade", Bolsanaro-Musk estão dispostos a instituir o Estado do Algoritmo Totalitário, controlando com cálculos computacionais o legado natural e cultural da Amazônia. O presidente tenta sucatear o bom sistema de vigilância da floresta, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É falaciosa a tese de que faltam satélites para monitorar a Amazônia. Zelar pela biodiversidade amazônica, respeitando seu grande cuidador: os povos indígenas, deveria ser o investimento prioritário. O dono da Starlink, o bilionário Elon Musk, veio ao Brasil para multiplicar sua fortuna, não para fazer bondade. Bajular o homem mais rico do mundo demonstra a marca de um governante não comprometido com a soberania nacional.

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

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