Nunes Marques
Nunes Marques, você, com o seu voto contrário à condenação, foi o único sábio e técnico entre os 11 magistrados da Corte, antecipando a vitória da justiça e da democracia, restabelecida com o decreto soberano do seu chefe — que absolveu o bandido em julgamento no Supremo! Parabéns! (Dá pra acreditar?).
Lauro A. C. Pinheiro,
Asa Sul
Faixa de pedestre
O Detran-DF, neste mês, em comemoração aos 25 anos do grande esforço empreendido no Distrito Federal para o respeito à faixa de pedestre, lança nova campanha em que relembra e mantém viva na mente do cidadão aquela campanha, cujo resultado positivo é fator de orgulho da população. Seria importante que esse assunto fosse tratado em nível nacional, visto que, em muitas cidades do país, não adianta o cidadão se postar em frente a essas faixas na expectativa de que o estabelecido na legislação de trânsito seja levado em consideração e que ele possa atravessar as vias públicas na faixa com segurança.
Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
Favelão
Moro há mais de 50 anos em Brasília e nunca a deixarei. Aqui, ganhei régua e compasso. Tornei-me um profissional e escritor respeitado da MPB. Isso, porém, não exclui minha indignação pela degradação pela qual a cidade passa atualmente, provocada pela incompetência dos seus gestores. A velha expressão: "Brasília é formada de cabeça, tronco e rodas" nunca foi tão atual. Só se pensa em viadutos, túneis e pontes. O povinho engambelado por promessas sociais é despachado para o fim do mundo, longe do Plano, sem condições mínimas de habitabilidade. Iludidos, ainda ficam satisfeitos, achando que virá o progresso depois. Pobres parvos! Os administradores e políticos, em conluio com os empresários, enchem as algibeiras com as permissões para construções ilegais que desaguarão nas campanhas. Escolas, hospitais e logradouros, antes intocáveis, deterioram-se. Transporte pior do que subir o Himalaia. Segurança precária (saia depois das 22h e verá). Viramos um favelão, uma terra arrasada. Ainda haverá solução? Que apareça um mago com poder de dignidade para nos salvar.
Renato Vivacqua,
Asa Norte
Democracia
Manifestações pela liberação do consumo de drogas chamadas "Marchas da Maconha" já foram proibidas por decisão judicial em várias cidades do país. Os juízes consideravam que as passeatas, ao reivindicar mudanças no pensamento legal brasileiro, se enquadravam na "apologia do crime" definida no artigo 287 do Código Penal. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal deu fim a essa aplicação censória da lei. Julgou, por unanimidade, que a proibição das marchas violava as liberdades de associação e expressão. O Supremo Tribunal Federal (STF) firmou uma tradição de defesa à liberdade de expressão. A tradição foi quebrada na quarta-feira (20/4) pelo ministro Alexandre Moraes e seus nove parceiros monarcas, os quais aprovaram ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a aplicação de pena de oito anos e nove meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, a perda do mandato, a suspensão dos direitos políticos enquanto durar o cumprimento da pena, além do pagamento de multa de R$ 192 mil. É claro e evidente que o deputado é vítima de perseguição. Politicamente, estão implementando um verdadeiro e abusivo tratoramento jurídico impositivo, a qualquer custo, do parlamentar Daniel Silveira, que está em vias de condenação, por supostos crimes que não cometeu, segundo anúncios pretéritos, com estardalhaços por inúmeros veículos de extrema-imprensa, cúmplices dessa violação à Constituição Federal e normas institucionais. Em suma, o processo crime aludido ao deputado, trata-se de um obstáculo muito sério de desrespeito à imunidade, como a tornozeleira que lhe foi imposta. O ataque a um parlamentar não é o ataque ao Parlamento, e a matéria jornalística que lembra que um ministro do STF já foi o "amigo do amigo do meu pai" não é um ataque ao STF. E ambos, parlamentar e ministro, têm a obrigação de defender o princípio constitucional da liberdade de expressão.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras