Não eram os confins do Brasil, era o centro. Uma vasta terra no Planalto Central, animada por histórias e nuvens de poeira vermelha, abaixo de um pôr do sol, que, desde sempre, nos tira o fôlego de tão lindo. Brasília já tinha uma história, rascunhada na cabeça e no coração de homens obstinados com a ideia de transferir a capital para a região central. Há 62 anos, no entanto, é Brasília que escreve a sua própria história.
Dos candangos às gerações nascidas aqui, todos contam, por meio de páginas impressas, memórias do nosso acervo afetivo, sotaques novos, fotografias, textos, livros, crônicas, canções, registros em redes sociais, uma nova história. Todo ano, o tempo todo. Aqui, no Correio Braziliense, registramos tudo desde o dia de seu nascimento. Estava lá no passado. Está aqui no presente. O jornal que nasceu com a capital segue sendo o maior entusiasta da trajetória brasiliense.
O quanto contamos nessa jornada? Muito. Mais de 20 mil edições diárias, mais de 6 milhões de notícias e outro tanto de imagens da cidade. Ano a ano, oferecendo a Brasília sua própria biografia. No próximo dia 21, data do aniversário, Brasília e o Correio estarão juntos no CCBB: as nossas capas dos aniversários da capital expostas para o brasiliense, uma pequena viagem no tempo, que ilustra a relação de amor tão simbiótica entre Brasília e seu jornal.
Também vamos comemorar com um passeio ciclístico, organizado pelo Detran-DF, com o apoio do Correio Braziliense, da TV Brasília, da rádio Clube FM e da Administração do Parque da Cidade. A concentração está marcada para às 7h, no Estacionamento 13, em frente à Administração do Parque. A saída está prevista para às 9h. Ao término do evento, será realizado um ato simbólico em comemoração ao 62º aniversário de Brasília, com bolo e a participação dos presentes para cantar parabéns para a cidade.
Não podia faltar nosso caderno especial de aniversário. Contaremos histórias de vizinhos, gente que dia a dia derruba os mitos que impõem à cidade a fama de fria e pouco amistosa com forasteiros. A ideia de frieza plantada lá atrás nunca, na verdade, brotou. Em vez disso, germinamos muitas histórias de amizade, de solidariedade, de partilhas e de amor.
A Brasília que eu vejo e leio aqui no Correio tem coração gigante, tem oportunidades para todos e, é claro, muitos problemas ao ter extrapolado seu quadrado para se tornar uma metrópole como qualquer outra — com uma grande diferença: a juventude. Ainda na sexta década de vida, fervem seu impulso, sua energia, sua vontade de honrar cada passo da história. Fico extremamente feliz em participar de alguma forma dessa construção diária: a identidade de Brasília.
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