» Sr. Redator

Sólida parceria

O embaixador da Itália, Francesco Azzarello, é muito especial. E é mais um dos grandes embaixadores italianos que chega a Brasília para se integrar e viver de corpo e alma a nossa cultura e participar de nossas vidas. Convivi com vários embaixadores da Itália, como o Michele Valensise, Gherardo La Francesca e outros. Ontem (11/3), a página de Opinião do Correio Braziliense traz um artigo importante do embaixador Azzarello: "Embaixada da Itália e Correio — parceria consolidada". Aplausos para a parceria relembrada por Azzarello, entre o Correio e a Itália, que sempre trouxe bons frutos para ambos países e para Brasília. Ainda no meu olhar, a inauguração da estátua de Pier Luigi Nervi, o arquiteto que soube plantar no cerrado brasiliense, em colunas e jardins, a pujança de nosso país, incorporando a natureza dos igarapés da Floresta Amazônica à fantástica cultura milenar romana. A Itália prima por nos enviar sempre ilustres e notáveis embaixadores comprometidos com as culturas brasiliana e brasiliense. Applausi ai partenariati culturali dell'Ambasciata d'Italia.

Silvestre Gorgulho,

Lago Sul

BBB 22

Jade dançou no BBB22 porque se arriscou demais pelo grupo de meninas que estavam do lado dela. Exagerou nos desafios ao Arthur, tornando-se insolente e vingativa aos olhos do público. Arthur é enjoado e marrento. Mas não abre mão de jogar. Sabe que dentro da casa, é como na política, vale tudo, menos perder a gana de correr atrás do sedutor prêmio de 1 milhão e 500 mil reais. As meninas, por sua vez, mais Vinicius e Ely, permanecem maioria no jogo. Mas não vibram, não trocam estratégias. Não indicam que reagirão as investidas de Douglas, Pedro Sccooby, Paulo André, Artur, Gustavo e Lucas. Este último, finalmente deixou a máscara cair e foi para o outro lado, embora seja namorado da Eslovênia. Não se sabe até quando. Semelhante raciocínio serve para Gustavo, namorado da Laís. O jogo no BBB 22 permite todo tipo de hipocrisia, falsidade e traição. Ganha aquele que conseguir filtrar intrigas, engolir mais sapos e controlar os nervos. Para o jogo sair do marasmo, voltar a ficar animado, as meninas precisam, urgente, ganhar a próxima liderança e o anjo. Para respirar no jogo. Já que os homens costumam ganhar todas as provas. Amadurecendo e ampliando o enorme poder que já têm.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Novos vírus

Olhando para a frente, uma área em que a ciência e a indústria precisarão avançar é no estudo sobre novos agentes causadores de doenças que podem surgir a qualquer instante. Um estudo de pesquisadores da Sociedade Americana de Microbiologia aponta que existem, no mínimo, 320 mil vírus ainda não descobertos no mundo que podem infectar mamíferos. "É urgente a necessidade de criar um sistema internacional de vigilância e monitoramento de novos vírus, e o processo mais simples para isso é o sequenciamento de genomas", afirma Fernando Lucas Melo, virologista da Universidade de Brasília (UnB). A identificação de novos vírus pode ser decisiva em momentos como o da atual pandemia da covid-19. Se uma nova cepa, como o ômicron se espalha e infecta boa parte de uma população local ou até mesmo mundial, a resposta à doença será mais rápida e efetiva se já houver um sequenciamento de genomas, ou de parte dele. A chance de haver alguma vacina ou a produção em andamento também aumenta. No Brasil, a principal frente de sequenciamento genético é o DNA do Brasil, um projeto coordenado pela geneticista Lygia da Veiga Pereira. O objetivo é montar um banco de dados com o mapeamento dos genomas dos brasileiros para prever e antecipar tratamentos.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Necropolítica

Não é de hoje que desperdiçamos a grande chance de selar a paz universal. Estamos consumindo o século 21 com as mesmas atrocidades de outros tempos. "Quer uma imagem do futuro? Imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre!" — disse, com lamento e pesar, George Orwell (1903-1950), em seu livro 1984 (1949). Expulsamos o outro de nossas vidas a partir de intolerâncias egocêntricas, o que revela a origem de uma cultura bélica, cujo princípio detonador acaba comprometendo qualquer qualidade de vida sensata. Alimentando fronteiras com unhas e dentes, sentimentos nacionalistas entram em perigosa corrente xenofóbica, minando qualquer investimento de ampla cidadania que seja capaz de fortalecer a expressão respeitosa da alteridade. Não à toa, a necropolítica vem dando as cartas no cassino global, causando estragos de todos os tipos. Como salienta o professor camaronês Achille Mbembe, "a expressão máxima da soberania reside, em grande medida, no poder e na capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer. Por isso, matar ou deixar viver constituem os limites da soberania, seus atributos fundamentais. Ser soberano é exercer controle sobre a mortalidade e definir a vida como a implantação e manifestação de poder" (Necropolítica: 2003). Como parâmetro civilizatório pestilento, a política de extermínio vem promovendo guerras abomináveis e cada vez mais destrutivas. Cada tiro disparado contra o peito da democracia só defende os interesses particulares dos ricos e poderosos.

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte