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Correio Braziliense
postado em 21/03/2022 00:01

Aniversário

Há 62 anos, exatamente às 2h45, nascia um gênio das pistas. Hoje, 21 de março seria aniversário do tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991), Ayrton Senna da Silva. Senna completaria 62 anos se estivesse vivo. Parabéns, Ayrton Senna, você é inesquecível! Esse, sim, fez história, estará eternizado na lembrança de todos os brasileiros, certamente. Suas características de pessoa de sucesso que melhor o identifica são: ousadia, perseverança, determinação, foco e superação. Ayrton Senna morreu aos 34 anos, fazendo o que gostava, e no lugar que a história lhe reservou por direito a liderança. Ayrton Senna, o maior de todos os tempos. Que o nosso Ayrton Senna, grande águia e eterno ídolo, brilhe eternamente em nossos corações. Onde você estiver, Senna, receba sempre nosso amor, carinho e gratidão eternos!

José R. Pinheiro Filho,

Asa Norte

Eficiência e beleza

O Sesc é um marco de eficiência e cordialidade. E, agora, de beleza. Quem passa pela 504 Sul pode ver a nova fachada com azulejos de Athos Bulcão. Brasília é feliz em contar com artistas deste gabarito, que aqui viveram e exerceram o ofício da arquitetura, da escultura, da pintura, num entrelaçamento magnífico. A integração ao engenho e à arte de Oscar Niemeyer foi um encontro mágico de seres catalisados pela pulsação desse momento único. O resultado são os vários monumentos da Esplanada e de todo um conjunto arquitetônico espantoso, que é Brasília. No caso de Athos Bulcão, há uma Fundação que zela por seu legado e mantém um site, onde podemos ler diversas entrevistas em que ele narra como se deu sua preparação para tamanha entrega. São ricos depoimentos a diversos entrevistadores, a quem ele se abria com detalhes que nos levam à emoção causada pela beleza. E não está confinada a museus, mas encontra-se à vista dos olhares de todos os passantes. No Sesc 504, há uma exposição dos azulejos e vídeos de quem teve a sorte de conhecê-lo pessoalmente. Em sua modéstia e simplicidade. Melhor dizendo, em toda a sua grandeza.

Thelma B. Oliveira, Asa Norte

Luta fracassada

A "esquerda" que as pessoas com algum tipo de interesse por política conhecem, essa do tipo socialismo-comunismo-petismo e outras manifestações apenas patológicas, deixou de ser fator relevante na luta, centenária e fracassada, contra o capitalismo. Não é nenhuma surpresa, claro. Como alguém com a cabeça em ordem vai acreditar hoje em aberrações do porte de Venezuela, Cuba ou Angola da vida? Ou dessas miseráveis ditaduras africanas que se dizem "socialistas", mas que são apenas espaços geográficos controlados por gângster? O socialismo tem um histórico de fracasso tão flagrante que só mesmo um intelectual poderia ignorar um desastre desse tamanho, diz o pensador americano Thomas Dowell. O fato é que nem mesmo os "intelectuais de esquerda", hoje, acreditam mais que a "esquerda" tenha capacidade de eliminar o capitalismo da face da Terra ou de fazer qualquer coisa que não seja cuidar do próprio bolso. O mais ativo inimigo da liberdade econômica, hoje, é um consórcio político disforme, sem comando definido, que age por fora e, em outras vezes, com o aval de partidos políticos. Tendo como metas limitar, dificultar e, quando possível, anular os mecanismos de produção hoje em vigor no mundo.

Renato Mendes Prestes

Águas Claras

Decisão controversa

A decisão do ministro Alexandre de Moraes é legalmente controversa, moralmente absurda e flagrantemente inconstitucional, por desprezo à proporcionalidade e à razoabilidade. A Constituição é o que o STF diz que ela é e, com isso, até dois mais dois podem virar cinco. As sanções previstas aos provedores de conexão na Lei do Marco Civil da Internet estão ligadas às infrações dos deveres de garantir o respeito aos direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações, e não ao descumprimento de ordem judicial. Ademais, a decisão representa o banimento de todos os usuários do serviço no país, prejudicando, indistintamente, consumidores que não podem experimentar os efeitos negativos dessa sanção, o que fere o devido processo legal do qual não fazem parte e o princípio da individualização da pena ("pena" em sentido amplo). Ainda nesse viés, assombra-me que a decisão seja para cumprimento imediato e pegue todos de surpresa, prejudicando milhares de pessoas que se utilizam do aplicativo como meio lícito de trabalho, já que não terão tempo hábil para migrar para outra plataforma. Também fere a proporcionalidade quando estipula multa de R$ 100 mil a qualquer pessoa, inclusive natural, pelo uso de "subterfúgios tecnológicos". Jorge Pontual, na Globo News, foi preciso ao dizer que não cabe a nenhuma autoridade dizer o que é ou não fake news, mas às pessoas livres, e que, nos EUA, a polícia simplesmente consegue prender quem se utiliza da internet como meio de propagação de crimes, em vez de censurar o acesso às plataformas. Na legislação processual brasileira, há diversos meios coercitivos, inclusive multa processual exequível no exterior, como forma de se fazer cumprir decisões judiciais, se o problema é o desprezo do Telegram às ordens do STF. Mas suspender a plataforma é uma incisão maior, danosa e, por isso, desproporcional. Queremos um STF dentro de sua medida constitucional, preenchendo as lacunas que outorgam o termo "ativismo judicial". Jamais admitiremos que qualquer juiz se transpareça em um Torquemada, com as vênias máximas.

Ricardo Santoro, Lago Sul

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