Semideus
Vejam que primor de Justiça. Aprendemos aqui que, "durante um júri popular, todos os itens referentes à autoria não devem apresentar redação complexa e com carga valorativa sobre o réu, pois vai violar a previsão legal de que a quesitação seja simples, isenta e de fácil entendimentos para os jurados". A matéria (Eixo Capital, 16/3, pág.14) não informa se foi concedida a ressureição para o coitado do Márcio Leonardo, coisa que eles poderiam fazer...
José Avelino de Oliveira,
Plano Piloto
Brutalidade
Joe Biden chamou Vladimir Putin de "criminoso de guerra". Russos pularam das tamancas. Acharam injusta a merecida definição. Queriam que chamasse o sanguinário mandatário soviético de Anjo da guerra, ou de benfeitor da humanidade. O cinismo, a intolerância, a brutalidade, a volúpia pelo poder, sem medir consequências, desgraçadamente são tônicas mundiais. Agressões desmedidas destroem famílias, afastam crianças dos pais. Abalam economias. Matam inocentes. Acabam com sonhos de milhões de pessoas. Imagens da avassaladora escalada de destruição da Ucrânia doem no coração. Almas não resistem ao choro. Putin mostra que continuará insensível, destruindo a Ucrânia. Humilhando e desesperando o povo ucraniano. Parece mostrar que não se intimida com as sanções econômicas à Rússia. Não se comove com a dor e o sofrimento não apenas dos ucranianos, mas de todo mundo civilizado, diante da barbárie que patrocina e que parece não ter fim.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Educação
No último dia 15, teve início, em Goiânia-GO, um movimento grevista por profissionais da educação, que reivindicam nada mais que a aplicação da lei (Lei nº 11.738/08, por meio da Portaria 67/22) para reajuste de 33,24% sobre o valor do piso da categoria, que está muito baixo. O prefeito da cidade diz não haver recursos para cumprir a lei. Como assim? Isso foi demonstrado à Assembleia Legislativa e aos educadores? Vale lembrar que o não cumprimento da lei enseja ao gestor público responsabilidade por improbidade administrativa. Ademais, a categoria, especialmente os professores, merece respeito. Cabe ressaltar que, durante a pandemia, despesas com o ensino remoto foram assumidas pelos professores (realidade nacional), aviltando mais ainda seus salários.
Marcos Paulino
Vicente Pires
Recordar é dever
Recordar é dever! As lentes da história possuem aumento de precisão capaz de nos levar a entender melhor os tempos atuais. Uma tradição de equívocos repete-se no mundo bombasticamente. Estamos apostando na gasolina para apagar o fogo, quando o prudente recomenda água. O reconhecimento global dos estragos causados pelas Primeira Grande Guerra (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1939-1945) se deu especialmente pela internacionalização dos direitos humanos. Assim, foi evocada a responsabilidade do Estado violador, considerando o cidadão como sujeito de direito internacional. Com isso, os pactos internacionais sobre direitos civis e políticos e sobre direitos econômicos, sociais e culturais tomaram melhor rumo diplomático entre as nações, inaugurando "a era da cidadania mundial", conforme destaca Fábio Konder Comparato, em seu livro A afirmação histórica dos direitos humanos (2001). Logo, é possível dizer que o conceito moderno de cidadania tem conexão com o de direitos humanos. Não à toa, compreende, em suma, os direitos fundamentais, os políticos, os sociais, os econômicos e os difusos, em constante tensão com as ideias de liberdade, de justiça política, social e econômica, de igualdade de chances e de resultados, e de solidariedade, a que se vinculam. Correto, por conseguinte, falar-se numa dimensão política, numa dimensão civil e numa dimensão social da cidadania. Ser cidadão implica na efetiva atribuição de direitos nas três esferas mencionadas, porque careceria de sentido participar do governo sem condições de fazer valer a própria autonomia, bem como sem dispor de instrumentos asseguradores das prestações devidas, pelo Estado, em nome da igualdade de todos. Prosseguir em nossos esforços para a consumação da cidadania plena significa nossa verdadeira opção pela paz universal.
Marcos Fabrício Lopes da Silva,
Asa Norte
Tragédia
Quando leio nos jornais ou assisto, pela tevê, analistas prevendo que há possibilidade de o inquilino do Planalto ter o mandato estendido por mais quatro anos, não sei o que pensar da mentalidade do povo brasileiro, após enfrentar quatro anos de puro escárnio, estupidez, violência de descaso de uma administração, radicalmente, insensível às tragédias sociais e econômicas deste Brasil.
Giovanna Gouveia,
Águas Claras
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