FRANCESCO AZZARELLO - Embaixador da Itália em Brasília
Voz da nova capital Federal desde seu nascimento e testemunha de seu grandioso desenvolvimento até os dias de hoje, o Correio Braziliense tem sido um observador de referência sempre muito atento e ativamente empenhado em fornecer o quadro mais objetivo possível dos vários aspectos da vida sociopolítica brasileira e internacional.
Pessoalmente, leio-o todas as manhãs, com um excelente café, estritamente brasileiro, em seu formato impresso, antes de mergulhar na avalanche de notícias on-line do twitter, outros canais sociais, jornais e revistas, brasileiras ou não.
O Correio tem acompanhado, desde a primeira cessão do lote de 25 mil metros quadrados, o que vem acontecendo no local onde foi construída a futurista Embaixada da Itália, projetada e construída por um dos maiores engenheiros do pós-guerra, Pier Luigi Nervi, com a ajuda de seu filho, Antonio. O Correio soube contar a aventura de construir nossa missão diplomática como parte integrante da história da capital, também em termos de harmonia arquitetônica e integração com a natureza a seu redor.
Ele fez isso relatando e documentando o lançamento da pedra fundamental da embaixada e acompanhando seu desenvolvimento até a inauguração em janeiro de 1977. Comemorou a chegada, em dezembro de 1960, das encostas da Cidade Eterna, da famosa Loba Capitolina, uma homenagem da cidade de Roma a Brasília para comemorar sua data comum de fundação, 21 de abril.
Ao Correio vai nossa gratidão porque continua a contar nossa história ainda hoje, obviamente quando acredita que a notícia merece ser noticiada. É, sem dúvida, uma contribuição histórica essencial para o testemunho do esforço constante da embaixada em cimentar as relações consanguíneas que os dois países têm, no contexto do constante desenvolvimento das relações bilaterais em todos os campos, graças também à contribuição decisiva dos ítalo-brasileiros e dos italianos que vivem no Brasil.
É com particular satisfação que lembro, limitando-me às notícias relatadas em 2021, o Salão do Vinho italiano, com a primeira participação das vinícolas brasileiras de origem italiana, e depois a inauguração da estátua dedicada a Pier Luigi Nervi pela escultora de origem italiana Cristina Motta, e o lançamento simultâneo do livro A Embaixada da Itália em Brasília — Poéticas da arquitetura italiana no Brasil, bem como a primeira e totalmente inédita assinatura na embaixada do acordo tripartite Enel X-Leonardo-TIM sobre cidades inteligentes, que recentemente teve um seguimento concreto com a assinatura de um acordo entre as três empresas e o estado do Rio de Janeiro.
Em breve teremos outras iniciativas de alto nível tanto no setor cultural quanto na esteira do projeto Embaixada Verde, em que também contamos com a certificação internacional de Embaixada Lixo Zero, graças ao Instituto Lixo Zero brasileiro, com o qual estabelecemos uma excelente parceria.
Dando um olhar ao passado, encontramos, com particular interesse, um artigo no Correio Braziliense de 14 de fevereiro de 2011, intitulado A mais verde das embaixadas. O título, se pode nos deixar orgulhosos, é para nós um incentivo importante para continuarmos no caminho iniciado há uma década, juntamente com os diversos atores de Brasília e do Brasil, com os quais estamos novamente trabalhando com grande empenho. Nossos agradecimentos para todos eles.
Reconstruir a história da vida de uma embaixada, no fluxo dinâmico dos acontecimentos e nas peregrinações de seus protagonistas é, certamente, uma tarefa árdua, mas importante, que deve ser perseguida e realizada. Os embaixadores vêm e vão, e somente aqueles que permanecem podem dar um testemunho exato do que aconteceu.
Olhando-nos no espelho, na tentativa de entender quem realmente somos e de tentar contar os fatos aos estudiosos e aos interessados, hoje e amanhã, percebemos que ao longo do caminho, acompanhando-nos na história de Brasília, devemos nossa gratidão à família do Correio Braziliense. Uma profícua parceria consolidada por Brasília e pelo Brasil.
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