Tecnologia
e inovação
Acerca da ilustre matéria "Máquinas mais sensíveis", escrita por Paloma Oliveto (T&I, p.12), venho, por meio desta humilde nota, complementar que a robótica, certamente, constitui a área mais promissora relacionada ao campo ultramoderno da tecnologia e inovação (TI). Até hoje, lembro-me, com certo saudosismo, dos tempos do colegial, lá pelos idos da década de 1990, quando ainda era adolescente. Certa vez, por ocasião da tradicional Feira de Ciências escolar, eu me aventurei na demonstração prática de um conceito da química eletrônica, amargando um terceiro lugar individual, com o trabalho intitulado "O espectro das chamas", tendo demonstrado, aos espectadores, os saltos eletrostáticos entre as diversas camadas de valência, a partir de alguns sais. O trabalho vencedor foi o de um grande amigo, na época, que, com colegas de grupo, decodificaram e deram "vida" a um braço mecânico, a partir de uma matriz de comando centesimal, tudo muito rústico, porém funcional. Diante da experiência acima descrita, hoje, enxergo, com ar emotivo, que meus sapientíssimos professores do ensino médio, mesmo no final do século passado, tinham absoluta razão em eleger a tecnologia, inovadora ferramenta, como potencial de desenvolvimento futurístico, nos moldes demonstrados pelos pesquisadores do texto supramencionado. Um viva à ciência, à tecnologia e à inovação!!!
Nélio S. Machado,
Asa Norte
Guerra na Ucrânia
A invasão militar da Ucrânia é um ato deplorável, que traz milhares de mortes e milhões de desabrigados e poderia ter sido evitada, se lucidez, realismo e grandeza tivessem prevalecido e as negociações priorizadas. Mas há poderosos interesses sobre a Ucrânia, país rico, com apenas 33 anos de independência, dirigido por oligarcas, pugilistas e comediantes. As terras férteis e planas da Ucrânia atraem invasores há mais de mil anos. A região foi dominada por mongóis, turcos-otomanos, lituanos, poloneses, suecos, franceses e alemães. Todos foram expulsos graças à forte ligação entre ucranianos e russos. Kiev foi a capital do império russo, criado por tribos eslavas e vikings, no século nove. Esse "casamento", de mais de mil anos, criou fortes laços de interdependência e deveria ter uma separação consensual, e não litigiosa. Mas a cobiça externa falou alto e incentivou o golpe de estado de 2014, que depôs o presidente eleito, pró Rússia, Yanukovich, e colocou no poder pessoas ambiciosas dispostas a levar o país para a Comunidade Europeia e para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a toque de caixa, precipitando a crise atual. Os Estados Unidos estavam de olho na península da Criméia, que controla a entrada do Mar Negro, único porto de águas quentes da Rússia e porta de acesso ao canal que leva ao Mar de Arzov. Isso era um pesadelo para Putin, pois fica na Criméia a base naval de Sebastopol, desde 1773, quando a Rússia tomou a Península do Império Otomano. Por que a Ucrânia não pode ser um país neutro, o que lhe traria segurança e paz, como ocorre com a Suíça? Por que as minorias russas que vivem no leste ucraniano não podem decidir seu destino — direito à autodeterminação, tão apregoado pela ONU? Direito esse que a Otan, por meio de bombardeios maciços da Iugoslávia, em 1991, garantiu a eslovenos, croatas e bósnios, que queriam se separar do país? Essas são as reivindicações russas ignoradas pela Ucrânia. O curioso é que a Otan, criada após a Segunda Guerra, para conter a então União Soviética (URSS) e o comunismo, continue a crescer, após o fim da URSS e do comunismo. O que explica isso?
Ricardo Pires,
Asa Sul
Insensatez
A indignação da jornalista Ana Dubeux "A insensatez, sempre ela"( 27/02), repudiando o conflito sangrento entre Rússia e Ucrânia reflete a angústia e a tristeza dos homens de bem, defensores da paz, do diálogo, da solidariedade e do amor. "Faça amor, não guerra", exortava o slogan pacifista que ecoou pelo mundo, na década de 1960. A intolerância de Vladimir Putin é própria dos governantes autoritários. Coloca em primeiro lugar a soberania da Rússia e dos russos, para defender e expandir seus atos beligerantes. O mais penoso e doloroso é que crianças já estão morrendo. Como bem salientou e lamentou, no Facebook, o ex-presidente e senador Collor de Mello: "Infelizmente a humanidade ainda não aprendeu com as dores das guerras que já enfrentamos".
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
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