» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 07/02/2022 00:01

Inacreditável

Não posso acreditar que Sergio Moro tenha dito que: (sic) "A Petrobras teve papel importante para o país, mas é uma empresa atrasada, que ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já não está mais usando". Se assim ele pensa, deve estar sendo informado de que os aviões estão sendo transformados para usar energia solar, e os navios se adaptando para velejar!

José de Mattos Souza,

Lago Sul

Sabedoria

Maldito dinheiro, o lucro financeiro em cima da desgraça da população! O que fez o governo ignorar as recomendações do secretário de Saúde? O Correio (3/2) noticia a morte de criança de um ano e quatro meses e falta de leitos na UTI. Em entrevista com o o secretário de Saúde, dá conta de que ele planejou tudo, pensando à frente, com sabedoria e ações. Ora, se assim fez, por que o governador o ignorou, incentivou festas de Natal e ano-novo, provocando aglomerações? O resultado aí está: hospitais lotados, UTIs com 100% de ocupação e morte até mesmo de criança de um ano sem leito de UTI. Alguém faltou com a verdade, pois, se foi tudo planejado "com sabedoria e ações", por que então liberou geral nas festas de fim de ano? Deve estar faltando muita ação no setor de saúde, pois a sabedoria do secretário não tem sido suficiente para que os hospitais e UBS sigam sua recomendação de atender a quem os procurem. E agora? A decisão de retorno às aulas presenciais foi tomada antes, muito antes, dessa nova onda do coronavírus. Diante dessa calamidade pandêmica e da falta de leitos nos hospitais, esperamos que a Justiça julgue e decida que caberá aos governantes (pessoas físicas) e comerciantes arcarem com os custos de hospitais, necrotérios e cemitérios decorrentes dessa omissão ou imprevidência. E que ela, a Justiça, fique atenta à presença de crianças nas escolas e, se for o caso, reverta- se a situação de aulas presenciais.

Paulo Silva

Asa Sul

Objetivos comuns

Por motivos diferentes (ou não), Luiz Inácio da Silva e Jair Bolsonaro sonham com a mesma coisa: um enfrentamento entre PT e o candidato do autoritarismo à deriva no segundo turno no pleito de 2 de outubro. Ambos têm a certeza de que o embate final entre extrema dos (vejam, não disse extremos) seria um caminho certo para a vitória, pois tanto um quanto o outro jogam com o receio do eleitorado de que o oponente seja o dono da chave da porta do abismo. Trata-se do típico caso em que se aposta no medo do eleitorado de errar em detrimento da vontade das pessoas acertar na escolha, no caso do presidente. Os dois investirão na divisão entre esquerda e direita. Ocorre, porém, que ou bem concordamos que os partidos brasileiros carecem de representação doutrinária e nessa toada se comporta o eleitorado, ou vamos de repente embarcar na fantasia de uma sociedade que pauta seu voto pela ideologia. São assertivas excludentes, e não cabem no mesmo espaço. Políticos de longa e larga experiência que são, Lula e Bolsonaro sabem perfeitamente que o corte ideológico alcança apenas uma minoria do universo de mais de 148 milhões de eleitores brasileiros. Daí, a opção pelo jogo nesse campo é artificial, não encontra correspondência sustentável na realidade da coletividade. Trata-se, portanto, de uma camuflagem. Nessa seara, os dois apresentarão uma produção considerável de versões fantasiosas, desde sempre conhecidas como mentiras, hoje chamadas de fake news. O uso de lorotas na política não é uma novidade nem obedece a ideologias. Serve direita, esquerda, centro e nenhuma das anteriores com a mesma falta de pudor. Não significa que devemos aceitá-las como regras válidas. Antes, convém apontá-las, a fim de que não percamos a clareza e, se possível, contribuamos para a dissipação da névoa da enganação. Bolsonaro e Lula não são os únicos Mandrakes em cartaz. Concentro o foco em Lula e Bolsonaro porque, além de mais bem posicionados nas pesquisas, são os mais ousados no exercício da trucagem, cujo uso estará proibido no horário eleitoral.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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