» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 03/02/2022 00:01

Subserviência

"Nunca um presidente esteve tão subserviente ao Congresso", afirmou Lula, durante um seminário promovido pelo PT. Ele se esqueceu de dizer que, no seu (des)governo, resolveu esse problema, comprando parlamentares por meio do mensalão, num dos maiores escândalos nunca antes visto na história deste país.

Milton Cordova Junior,

Vicente Pires

À espera

Militares ainda aguardam esclarecimentos do TSE sobre a urna a ser usada nas eleições! Segundo a revista Veja a equipe técnica do TSE ainda não se manifestou sobre as dúvidas e sugestões dos técnicos da caserna. O pedido de esclarecimentos foi reiterado! Seria de bom alvitre que um deputado do PL acionasse o STF, como o micropartido, Rede da Sustentabilidade, que já tem 50 acões protocoladas, para que o STF cobre do TSE uma resposta válida! Em casa de ferreiro, espeto de pau!

Cauby Pinheiro Junior,

Águas Claras

Saúde e violência

Nos últimos dias, observou-se um aumento de agressões aos médicos, por conta da covid-19. Até um delegado de polícia de Goiás usou de prerrogativas judiciais de seu posto para obter vantagens absurdas num posto do SUS. Essa preocupante escalada de violência contra os profissionais de saúde, certamente estão sendo desencadeadas pelas desorientadas informações dos gestores em saúde no país. Números imprecisos e documentos desencontrados, fazem com que a população se sinta desamparada. O resultado são as agressões aos que trabalham nos hospitais e postos de saúde. Está na hora do Conselho Regional de Medicina e suas regionais se posicionarem fora das esferas ideológicas e defenderem os profissionais que valentemente estão na linha da fronteira entre a ciência e a idiotice que tomou conta do Brasil. Nesse momento, os atestados para os portadores da Sars-coV-2 deveriam ser emitidos por meio de uma unidade nacional geradora de certificados e não pelos médicos. Envolveria oficialmente os gestores, obrigando-os a reconhecerem, definitivamente, que estamos frente a um estado emergencial de saúde pública sem precedentes.

Cláudio Luiz Viegas,

Lago Norte

A política

A Política é uma senhora virtuosa que tem a idade da humanidade. Concebida desde Aristóteles (384 a.C.-322a.C) como provedora do bem comum, ela, entre nós, segue aprisionada pelos que a reduzem a seus interesses privados. No Brasil deste século 21, escancarou-se a condição da Política como refém de um certo Senhor Propina, que se nutre de dinheiro empresarial ilícito, ou lavado, arrecadado por agentes públicos. Em seu cárcere privado, vigiada pela hipocrisia, a Política emagrece. Irreconhecível, há quem só a veja como politicagem. A juventude, que ao longo da história sempre a cortejou, dela se afasta, temendo que possa ser portadora de doença contagiosa. Falecendo, a Política não merecerá choro nem vela: assim indicam o absenteísmo ou os votos nulos e em branco nos últimos pleitos. O sequestro da Política, findo o autoritarismo extremo inaugurado pelo golpe militar de 1964, tem uma singularidade: seus carcereiros deixam-na sair a cada dois anos, ou em quatro em quatro anos, para caminhar pelos pleitos eleitorais, tutelada pelos partidos. Mas esses passeios bienais e quadrienais revelam também que a Política, anêmica, não recebe a transfusão do sangue do livre debate de ideias que a revigoraria. Em vez da cidadania, energético imprescindível, a Política é alimentada pelo voto comprado. O doping que a põe de pé e a faz caminhar, um tanto trôpega, é o financiamento milionário de partidos e campanhas. A política, colonizada pela economia, viciada na competividade de mercado, vocalizada por seus algozes, deixou de ser um veículo de programas voltados para a construção de um projeto de nação, com mais democracia participativa, desenvolvimento na indústria, na ciência e socialmente equilibrado e paulatina superação da desigualdade. Nossos partidos, com raras exceções, são marcas de fantasia e aglomerados de interesses obscuros. Legendas ditas grandes, acometidas de nanismo moral, se coligam com as de aluguel. A política vigente com "p" minúsculo mesmo passa ao largo dos direitos sociais, do cuidado ambiental, da superação das opressões. Degenerada, poluída e viciada pelas altas somas, na boca de todos os caixas, a Política torna-se a negação de si mesma, mentira institucionalizada.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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