» Sr. Redator

Tragédias

É impossível ficar indiferente à tragédia de Brumadinho, às famílias que choram a perda dos seus entes queridos. A avalanche de pedras em Capitólio revelou falhas do Estado. O Brasil tem várias leis ambientais, que possibilitam aos agentes do Estado regular, monitorar e impor sanções a atividades que representam riscos ambientais na área do turismo em cânions. O colapso da rocha em Capitólio tirou a vida de 10 pessoas. Eis que, só agora, tardiamente, autoridades brasileiras, do Ministério Público a das agências federais, estaduais e municipais e as empresas que atuam nesse setor devem assumir o compromisso de uma avaliação abrangente sobre a observância das normas ambientais pelo turismo em cânions, para evitar colapsos e perdas de vida. Depois de observar as consequências da tragédia de Capitólio, o ministro do Turismo prometeu prevenir novas tragédias nos mais de 500 cânions que o Brasil possui. Passou da hora de reforçar a regulamentação, a aplicação e a fiscalização das leis ambientais. O governo deve agir para fornecer aos brasileiros a necessária proteção contra tragédias previsíveis.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

À Rede Sarah

Há muito ouço falar da Rede Sarah e da gestora Lucia Willadino, que encarou o desafio deixado pelo dr. Aloisio Campos da Paz. Agora, pude constatar de perto — e em detalhes — a capacidade científica, a dedicação profissional e a organização do Hospital Sarah. Acompanhei atento o trabalho realizado por essa instituição de saúde de Brasília, depois do longo tratamento de meu neto Makaio, que sofreu uma delicada intervenção cirúrgica. Makaio acaba de chegar em casa. Imagine a alegria da família e a sensação de alívio ao vê-lo caminhando ereto na saída do hospital, quando, antes, sua coluna vertebral era um grande S, impedindo sua mobilidade. Toda minha família é testemunha desse milagre da medicina que é resultado de outros milagres: pesquisa, gestão eficiente, dedicação profissional em tempo integral e muito profissionalismo. Os brasileiros podem se orgulhar da Rede Sarah. Vamos lembrar que não existe uma boa equipe se não houver um bom comando. A doutora Lucia Willadino comanda um timão. Seu timão é a prova dessa eficácia. Sua intransigência com o respeito à ordem, à isonomia no tratamento, à indiscriminação em razão da posição social e à disciplina é invejável, neste país que ficou conhecido pelo "jeitinho". Realçar o apego à isonomia é absolutamente desnecessário quando nos deparamos com atitudes dignas como à da Rede Sarah. Percebi que toda equipe comandada por Lucia Willadino trabalha em busca da perfeição. Ela pode ser inatingível, mas quem persegue a perfeição alcança a excelência. E excelência é o nome que dou ao trabalho que vi e posso testemunhar.

Dionea e Luiz Antônio
Machado,

Lago Sul

Desinformação

Notável o editorial do Correio(18/1), elogiando o combate à desinformação. Na China, que Lula tem exaltado como padrão de regime forte, com voz de comando, não há desinformação nem fake news que possam ameaçar a democracia. A imprensa adere decididamente às teses lulistas de combate às fake news e de regulação dos meios de comunicação. Nada mais justo. Não vi, porém, definição do que é desinformação ou fake news. Algo que é fake hoje pode ser verdadeiro amanhã? Em 7 de abril de 2021, o Instituto Butantan divulgou que dizer que haveria uma terceira dose era fake news; em 6 de setembro, a terceira dose começou a ser aplicada. Foi fake antes ou depois? Assalta-me a dúvida: por que eu não posso ler qualquer coisa e fazer meu juízo e devo ter alguém filtrando o que chega até mim? Quem garante que esse agente tem informação suficiente para não me deixar ser enganado por desinformação e não age só por ideologia ou ignorância? Isso poderia se enquadrar em censura? Pois um artigo científico do British Medical Journal acaba de ser bloqueado numa rede social como fake. Qual o nível científico de quem o rotulou assim? No fim do editorial, ficou-me a sensação de que desinformação ou fake news é simplesmente o que alguém decide que seja.

Roberto Doglia Azambuja,

Asa Sul

Partido dos Trabalhadores

O PT chupará um "picolé de chuchu" com agrotóxico. A contaminação é certa e mortífera. Dentro de poucos anos, o atestado de óbito do novo mandato presidencial lulista petista será emitido com a seguinte causa mortis: "Intoxicação por chuchu contaminado com agrotóxico". Eu não estarei entre os pranteadores, mas, mesmo assim, não sei bem por qual motivo, estou dando o alerta (reminiscências afetivas inconscientes de quando eu era eleitor do PT, diria talvez um psicanalista).

Túllio Marco Soares Carvalho,

Belo Horizonte (MG)