Sustentabilidade
Causa enorme apreensão observar a foto e ler a bem redigida matéria de Paloma Oliveto (23/1, pág;12). Cientista que sou, vez que uma de minhas áreas de formação é exatamente a que estuda a vida — a biologia — e tendo, até então, publicado diversos artigos científicos, trabalhos acadêmicos e livro versando sobre sustentabilidade ambiental, sinceramente creio que passou, e muito, do momento de o Congresso regulamentar, e de o Estado fiscalizar, por meio de suas diversas agências nacionais competentes, a produção industrial desenfreada que, irresponsavelmente, abarrota as prateleiras do comércio de produtos químicos e sintéticos que se acumulam no meio ambiente, causando considerável impacto, além de contribuir negativamente para o aumento do aquecimento global, dada a liberação de gases nocivos à camada de ozônio, como o CO2, dentre outros, durante o processo industrial moderno de produção. Na perspectiva do cidadão consciente, por sua vez, comportamentos tais como evitar o vicioso ciclo consumista, priorizando a compra de produtos certificados (ISO), que seguem padrões sustentáveis de decomposição atóxica e rápida, ou mesmo recicláveis, ajudaria sobremaneira na remediação da crítica situação em que o único animal que produz esse tipo de resíduos se encontra. Mais consciência e respeito, "bichos-homens"!
Nelio Kobra Machado,
Asa Norte
Lula e Centrão
Admitindo dialogar com o Centrão (27/1), Lula da Silva amplia, a meu ver, as chances de liquidar a fatura no primeiro turno das eleições presidenciais. Nunca votei nele, nem pretendo votar. Lido com fatos. Não torço nem distorço. O pragmatismo político do ex-presidente é abrangente. Sabe que para governar precisa contar com aliados. Como observou o experiente senador Renan Calheiros, "Lula tem capacidade de articular diferentes forças políticas a seu favor". Lula dorme e acorda fazendo política. Cresce e avança diante do estarrecedor paludismo político-eleitoral dos adversários. Valdemar Costa Neto e Ciro Nogueira, detentores das maiores fatias do bolo e das riquezas do Centrão, aguardam, de braços abertos, conversar com o sedutor Lula. São do ramo. Ambos já foram aliados de Lula. Na quadra atual, os tinhosos Valdemar e Ciro estão casados, de papel passado, com Bolsonaro, no Orçamento e no fundo eleitoral. Conversar não tira pedaços.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Reeleição
Tenho fé na reeleição do presidente Bolsonaro, em outubro próximo. Em 2019, quando assumiu a presidência deste país, totalmente quebrado pelos governos do PT, ocorreu a primeira onda de crise: o derramamento de óleo nas praias do Nordeste. De 2020, quando começou a pandemia mundial, até hoje, o governo brasileiro ajudou e vem ajudando muita gente com o auxílio emergencial. Acredito que, se não tivesse acontecido esses fenômenos, a nossa situação econômica estaria entre as melhores do mundo. Dessa forma, torço para que a esquerda não tenha mais chance de voltar ao poder. Não acredito em pesquisa encomendada.
Sebastião Machado Aragão,
Asa Sul
Homenagem
Os asteroides, corpos celestes rochosos e de estrutura metálica que gravitam em torno do sol, costumam ter nomes que homenageiam celebridades científicas: Einstein, Kepler, Curie. Um desses asteroides que estava pagão ganhou o sobrenome de uma jovem brasileira. Foi uma deferência à gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, que fez jus a essa formidável honraria como prêmio por haver conquistado o primeiro lugar na categoria Ciência dos Materiais na Intel Internacional Science and Engineering Fair (Intel Isef), a maior feira do gênero no mundo para alunos pré-universitários (o trabalho foi desenvolvido quando ela estava no último ano do ensino médio, concluído em 2018). Até hoje, a jovem arrebatou mais de 50 outras distinções, dentro e fora do Brasil. Juliana, como vencedora da disputa, recebeu o prêmio numa cerimônia realizada em Phoenix, a capital da Arizona, nos Estados Unidos. Ela disputou com 1.800 estudantes do ensino médio, de 80 países, foi a quarta brasileira a ganhar a competição. Diferentemente do que se poderia imaginar, diante da premiação, traduzida no direito de batizar um asteroide, o laureado projeto de Juliana não se relaciona com astronomia. Ela venceu seus oponentes na Intel por ter produzido, com a utilização da casca de noz-macadâmia, uma membrana biodegradável que pode ser usada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Para tanto, transformou a casca da macadâmia em uma farinha que, cultivada com outros nutrientes, serviu de alimento aos microrganismos que geraram a membrana. "As pessoas dizem que os jovens são o futuro, mas eu acho que nós somos o presente", diz a gaúcha, que tem um asteroide com seu sobrenome.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
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