Olavo de Carvalho
A meu ver, há três fases de Olavo de Carvalho: o Olavo de antes do governo PT, o de durante o governo PT e o do governo Bolsonaro. Não compactuo com tudo que ele pensava, mas nem tudo lhe é desprezível. Não compactuo com sua forma de se dirigir às pessoas nem seu estilo de vida, mas prefiro não julgar. Entretanto, incomoda-me bastante as ironias à sua morte, inclusive em charges e em sites que o remetem direto ao inferno, por pessoas que, muito provavelmente, nunca leram seus livros ou ignoram o contexto das coisas. De um lado estão os "genocidas"; do outro, o "ódio do bem"? Por fim, só para constar: O Jardim das Aflições, por exemplo, é listado entre os 100 livros mais vendidos na temática de política, filosofia e ciências sociais na Amazon. Algum valor certamente possui.
Ricardo Santoro,
Lago Sul
» Quando Olavo de Carvalho escrevia em O Globo e na Folha de S. Paulo era lindo e maravilhoso. Leitura obrigatória. Um sábio. Bastou apoiar Bolsonaro para cair em desgraça e tornar-se indesejável. É a melancólica constatação da vitória do oportunismo, do cinismo, da calhordice e da hipocrisia.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
» As opiniões sobre o então guru dos bolsonaristas Olavo de Carvalho, morto pela covid-19, são muito controvertidas. Há quem o exalte como intelectual. Há quem diga que ele, embora não tivesse um perfil de vanguarda, não chega a ser uma ultradireitista. A imagem que ele deixou, no entanto, é triste, ante o seu alinhamento ao bolsonarismo, um dos mais mortíferos e degradante movimento político que infecta o país e muito próximo do neonazismo. Na verdade, ele se alinhou ao que há de pior na estratificação social do Brasil e rasgou, em milhões de pedaços, a sua biografia como intelectual.
Euzébio Queiroz,
Octogonal
Reação
A inversão de valores, passou dos limites do suportável. Em nome dos direitos humanos, indivíduos altamente desqualificados e em dissonância com o cargo que ocupam e, ainda, confrontando-se com a sociedade benfazeja, relutam em proteger o outro lado. Toda ação requer uma reação. Os nossos policiais são ultrajados por perigosos meliantes, com agressões físicas, xingamentos e outros impropérios, cujas cenas têm sido filmadas por comparsas, ficando o agente sem condições de reagir, a fim de não ser prejudicado na sua vida profissional. Para conter esses fora da lei, só o uso da força. Há dois caminhos: a nossa inércia, com a consequente instalação do caos, ou a exigência do rigor necessário, no combate ao crime. A escolha se apresenta óbvia: é vencer e vencer.
Jivanil C. de Farias,
Jardim Botânico
Covid-19
Aumenta vertiginosamente o número de pessoas infectadas pela variante ômicron no Distrito Federal e no restante do país. Na mesma velocidade, cresce a ocupação de leitos nos hospitais públicos e privados. O risco de colapso, como ocorreu no ano passado, não pode ser descartado. É chegada a hora dos negacionistas experimentarem o sofrimento daqueles que foram vítimas da procrastinação do governo federal na compra das vacinas. Sabe-se que essa onda tem afetado aqueles que rejeitaram a imunização, debocharam das medidas preventivas e foram "de peito aberto" ao encontro do vírus. O dano colateral mais grave é a contaminação de crianças e a resistência do poder público em imunizá-los. Em meio ao recrudescimento da crise, boa parte das pessoas não está levando a sério a onda da ômicron, uma vez que há informações de que a nova cepa é menos agressiva ao pulmão. Há controvérsias sobre a agressividade, mas há consenso de que ela também mata. Só quem padece de burrice, falta de autoestima e desprezo pela vida segue a receita suicida dos negacionistas.
Paulo Henrique Evans,
Jardim Botânico
» França, Estados Unidos, Índia, Brasil e Itália totalizaram, juntos, 1.616.487 novos casos de covid-19 em apenas 24 horas. Esses cinco países representam 48% dos novos casos em todo o mundo. A maioria da população brasileira (70%) está totalmente vacinada, o que ajuda a diminuir o número de óbitos nessa pandemia, que atinge quase 624 mil mortes. A terceira dose, conhecida no exterior como "booster", colabora para o fortalecimento da imunização da população. No calendário de vacinação de nossas crianças, estão incluídas as doses contra a paralisia infantil, difteria, tétano, coqueluche, febre amarela, hepatite, entre outras. Agora, é o momento certo da população infantil receber a dose contra a covid-19 e as autoridades sabem disso, com certeza.
José Carlos Saraiva da Costa,
Belo Horizonte (MG)
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