» Sr. Redator

Fontes de energia

Maurício Antônio Lopes, pesquisador, ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), coloca com muita propriedade, no artigo na coluna Opinião, no qual aborda as opções energéticas que o Brasil apresenta. Diga-se de passagem que o país é aquele que apresenta o leque mais promissor de recursos energéticos. Senão, vejamos: energias hidrelétrica, eólica, térmica, do carvão, a mais poluente, e nuclear. Esta última é aquela que se apresenta com menores possibilidades. Uma nova fonte de energia, aquela provinda do metano, que seria uma excelente opção, mais barata, existe nos lixões, nas periferias das cidades. Entre as menos poluentes existentes, a eólica, dependente da presença do vento, e a solar, da insolação. Está certo Maurício Lopes ao citar a energia do metano como a mais promissora, pois é abundante na natureza, e considera-se que tem a capacidade de aquecimento maior que a do gás carbônico.

Enedino Corrêa da Silva,

Asa sul

Elite

A elite pensante do Brasil, que se imagina capaz de saber o tempo todo o que é o melhor para cada um de nós, frequentemente lembra o personagem do samba Mocinho Bonito, o clássico pé-rapado de Copacabana de outras eras, que passa a vida fingindo ser o que não é. O mocinho, para quem nunca ouviu a história, é o perfeito improviso do falso grão-fino, que no corpo é atleta, no crânio é menino, e além do ABC nada mais aprendeu. Olha a nossa elite aí. Ela convenceu a si própria, e tenta convencer o resto do Brasil, de que é a única classe de gente neste país realmente capacitada a pensar. O que é na prática essa elite ou quem faz parte dela? Não é, com certeza, a "zelite" do ex-presidente e ex-detento Lula, um ente em estado gasoso que ele jamais conseguiu definir. Como não explica, supõe-se que a "zelite" seja apenas o conjunto dos seres humanos que não estejam de acordo com ele, porque milionário, gente que manda, empresário parceiro, empreiteiro de obra e o resto dessa turma nunca tiveram um amigo de fé-irmão-camarada tão dedicado quanto Lula. Também não é aquilo que os livros de sociologia definem como "burguesia nacional", nem o pessoal que vai a shopping center, nem a "classe A" dos institutos de pesquisa, ou, simplesmente, quem tem mais dinheiro que você. A legítima elite é a classe social descrita por ela mesma como civilizada, instruída, progressistas, antenada, as pessoas que se consideram habilitadas, em suma, a dizer como o Brasil deve ser governado e como o brasileiro deve se comportar. Antigamente, nos países tidos como cultos, esse bioma social era chamado de "intelligentsia". Aqui, considerando-se a soma do que elas pensam, querem e dizem, formam a "burritsia".

Renato Mendes Prestes

Águas Claras