Viva W3
Na qualidade de moradora das quadras 700 Sul, venho externar minha profunda indignação e desrespeito pelo decreto do GDF que, ouvindo apenas os comerciantes, abortou o projeto Viva W3, reabrindo para o tráfego de veículos a partir do próximo domingo. Vale destacar que a avenida do lazer proporcionava uma oportunidade de famílias, crianças e idosos caminharem tranquilamente pela principal avenida da capital. Sou mãe de uma jovem especial que, desde o ano passado, pedalava feliz da vida e com segurança, o que, lamentavelmente não será mais possível. Ademais, era o único dia da semana que nós, moradores das 700, podíamos respirar um ar puro, livre da poluição química e sonora deixada diariamente pelas centenas de ônibus e veículos. Lamentável decisão.
Marlene Tomazzetti Urroz,
Asa Sul
Correção
O GDF acaba de reparar um erro tremendo que foi o fechamento da Avenida W3 sul aos domingos. Desnecessário, haja vista a proximidade com o Parque da Cidade e com o Eixão do Lazer. Prejudicial, pois penalizava os comerciantes e usuários do transporte urbano. Além disso, provocava um gasto de combustível maior com poucas opções de seu cruzamento. Parabéns ao GDF que reconheceu o erro da medida.
Renato A. de Paula,
Asa Sul
Destino
Os rios correm para o mar. O destino pregou uma peça em Lula e Sergio Moro. Não se pode lutar contra ele. O ex-juiz condenou, humilhou e mandou o ex-presidente para a cadeia, onde ficou preso por mais de um ano. Depois, Lula foi inocentando de todas as acusações de Moro. Ganhou da justiça atestado de honestidade e pureza. O apreço de Lula por Moro é menor do que um selo de 10 centavos. Por sua vez, o respeito de Moro por Lula não vale um grão de areia. Por algum tempo pensou-se que a vida pública de Moro estivesse arruinada. Pesquisas agora mostram que Lula e Moro têm chances de disputar o segundo turno, deixando Bolsonaro morrer na praia.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Pibinho
Tenho passado por um mau pedaço no governo do presidente Jair Bolsonaro. Estou sendo vítima de bullying e não estou conseguindo fingir que não me importo com os apelidos que colocam em mim, principalmente vindos da imprensa escrita e falada. Chamam-me de nanico, mirrado, insignificante e por aí vai. A cada dia que passa, eu tenho mais constrangimento. Não consigo resultado satisfatório. Estou com medo de entrar numa depressão. Diversas vezes fizeram projeções do meu crescimento e, no final, só decepção, em vez de crescer eu diminuo. A pessoa que está com a incumbência de melhorar o meu desempenho parece que está alheia a minha situação, é o ministro Paulo Guedes. Ah! Eu quero crescer, eu quero ficar robusto, por favor, socorrem-me. Grato, PIB, também chamado de pibinho.
Jeovah Ferreira,
Taquari
Educação
Escolhas erradas explicam o atraso do país na educação. Em 1950, gastávamos 1,4% do PIB na área. A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais era de 50,6%. Depois, percebeu-se que a educação é a base do desenvolvimento. Daí a Emenda Constitucional 24/1983, de autoria do senador capixaba João Calmon (1916-1999), que destinou 13% dos impostos da União e 25% dos estados e municípios para manutenção e desenvolvimento do ensino. A Constituição de 1988 ampliou a obrigatoriedade da União para 18% dos impostos. Desde então, gasta-se bem mais. No período tucano, universalizou-se o ensino fundamental. Nos anos petistas, em repetição do erro, abriu-se um monte de universidades e privilegiou-se o ensino superior com bolsas de estudo e financiamento. Houve avanços. A taxa de analfabetismo caiu para 7% em 2017. Quase todas as crianças de 7 a 14 anos estão na escola. A escolaridade alcançou 7,8 anos, mas, ainda assim, é a mais baixa dos países do Mercosul. O gasto com educação pública atingiu 7% do PIB, superior à média das nações mais ricas (5,5%). Apesar disso, a qualidade continua precária. Na principal avaliação internacional, a do Pisa (Programem for Internacional Student Assessment), com 70 países, o Brasil é o 59° colocado em leitura, o 63° em ciências e o 66° em matemática. Pesquisa do World Economic Forum com 137 nações situa a qualidade de nosso ensino fundamental na 127ª posição, a do ensino superior, na 125ª. O desafio está no campo da gestão e de uma estratégia de longo prazo. Sem melhorar a qualidade do ensino, o futuro do Brasil será de estagnação e mediocridade.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras