» Sr. Redator

Princípios cristãos

Meus parabéns ao Correio Braziliense pela linda e expressiva manchete da edição desta quinta-feira. Orgulha-nos saber que, agora, o nosso Supremo Tribunal Federal terá entre seus ministros um homem que se guiará pelos princípios cristãos. Oxalá observassemos esses princípios, sempre. Seriam dispensadas as constituições, as milhares de leis, muitas esdrúxulas, e, especialmente, a nossa malfadada Constituição Cidadã, que, no dizer do sábio ex-presidente Sarney, torna o Brasil ingovernável.

Joares Antônio Caovilla,

Asa Norte

André Mendonça

Afinal, o Senado cumpriu sua obrigação de analisar a indicação de André Mendonça para o STF. Espero que o novo ministro seja rigorosamente subserviente às leis e à Constituição; que se distinga, entre seus pares, pela dignidade, correção e discrição; que jamais dê entrevistas a órgãos de imprensa, não querendo posar de pop star; que nem por descuido antecipe seus votos; que se declare impedido nos casos em que a lei, a honestidade e a ética determinam; que respeite a liberdade de expressão sem lhe impor limites arbitrários; que nunca censure revistas nem redes sociais nem desmonetize jornalistas; que não invada a competência de outros poderes e da PGR; que liberte os justos e seja rigoroso com os criminosos; que não use de seu poder para beneficiar amigos; que nunca exerça atividade partidária e não faça conchavos com políticos; que nunca aja tomado por soberba ou ódio pessoal; que seja sempre coerente com o que escreveu e prometeu. Se assim proceder, que receba o reconhecimento da sociedade; se falhar, que se afunde na vala comum de opróbrio e nojo de seus concidadãos.

Roberto Doglia Azambuja, Asa Sul

Queda de cabelo

Sempre ouvi dizer que preocupação provoca perda de cabelo. Pelo que vi na televisão, durante a sabatina do terrivelmente evangélico indicado ao STF pelo presidente Bolsonaro, o aprovado me pareceu bastante cabeludo. Cresceu, brotou durante o tempo em que esteve à espera da sua aprovação pelo Senado?

Josuelina Carneiro,
Asa Sul

Tribunais superiores

Falam que a PEC da Bengala, que aumentou a idade da aposentadoria compulsória dos ministros dos tribunais superiores, foi editada para que a então presidente Dilma não pudesse nomear ninguém para o Supremo Tribunal Federal (STF). Da mesma forma, dizem que a revogação dessa PEC seria para que Bolsonaro possa nomear mais ministros para a nossa Suprema Corte. Esse ramerrame sobre a revogação da tal PEC me leva a duas elucubrações: primeira, caso a PEC retornar a aposentaodira compulsória aos 65 anos, só atingirá futuros ministros, pois nenhuma lei pode retroagir para prejudicar. Segunda, senhores parlamentares, está na hora de aparecer um projeto de emenda à Constituição que tire das mãos do presidente da República a prerrogativa de escolher, por livre arbítrio, os ministros dos tribunais superiores, tornando esses ministros reféns do chefe do Poder Executivo. Que tal esta sugestão: os ministros dos Tribunais Superiores seriam eleitos pelo Senado Federal, escolhidos em listas tríplices ou quíntuplas enviadas pelo Supremo Tribunal Federal? Salvo melhor juízo, assim teríamos um Poder Judiciário independente.

Paulo Molina Prates,
Asa Norte

Desassossego

As festas são sempre bem-vindas, desde que não incomodem os vizinhos. Mas, no Lago Sul, a música com som altíssimo incomoda os moradores até o amanhecer. Quarta-feira, nas imediações da QI 7, foi noite de desassossego. Se os adultos não conseguem dormir com o som altíssimo das músicas, imaginem as crianças! Às sextas-feiras, normalmente, não só uma, mas várias festas conseguem acabar com a paz de quem quer apenas sossego. É preciso um basta nessa falta de civilidade e de respeito.

Gracia Cantanhede,
Lago Sul

Garimpos

Levantamentos feitos pelo Greenpeace revelam que, nos últimos cinco anos, mais de 600 km de rios foram destruídos pelo garimpo ilegal em terras indígenas e em áreas de preservação permanente, só no estado do Pará. A contaminação dos povos indígenas por mercúrio, nesses locais, é de 100% dos indivíduos, com índices altíssimos. A extração de ouro chega a mais de 1.700 kg por ano, o que representa um valor de mais de meio bilhão de reais. No entanto, o prejuízo ambiental é estimado em 20 bilhões de dólares, uma conta negativa para a natureza. E para onde vai esse ouro contrabandeado ? Para os países ricos, os mesmos que criticam a política ambiental brasileira, mas são coniventes e se aproveitam da corrupção e leniência do governo. Os principais compradores são: Canadá, Reino Unido e Suíça.

Humberto Pellizzaro,
Asa Norte