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Correio Braziliense
postado em 17/12/2021 00:01

Decepção tucana

Levante a mão quem já não se decepcionou com a ação de um parente, de um amigo, de um político. A decepção resulta de ação maléfica de uma pessoa ou grupo. E quem decepciona causa dano (material, ou não) a alguém. Quando a decepção tem origem no campo político-eleitoral, a frustração é maior ainda, porque alcança estrato maior da sociedade. Nesse caso, o mal que faz aquele que decepciona não é ato isolado entre uma pessoa e outra, mas uma ação que afeta a dignidade cívica do eleitorado. Ao abrir o Correio Brasiliense (16/12), vi: "Alckmin abre caminho para ser vice de Lula". Tucano indignado, pergunto ao doutor Geraldo Alckmin: O senhor quer ajudar a fazer do Brasil uma Venezuela? Quer aliar-se a outros ditadores, como o de Cuba e da Nicarágua? Quer curvar-se ao mundo comunista? E mais: doutor Geraldo Alckmin, sua aliança com o PT nega as principais conquistas do PSDB no poder. Nega o Plano Real, as privatizações, as agências reguladores, controle da inflação, lei de responsabilidade fiscal, entre outras medidas modernizadoras. Medidas, aliás, implantadas contra o voto e sob severas críticas do partido de cujo candidato o senhor quer ser vice. Por fim, doutor Geraldo, se efetivar o seu ato, o senhor trai o partido que ajudou a fundar. O senhor trai o povo da sua cidade, do seu estado, do Brasil. O senhor mancha indelevelmente sua biografia. Estou decepcionado. O senhor me enganou!

Arlindo Jerônimo Ferreira, Asa Norte

Eleições

Diante de tanta fome, miséria, desemprego, inflação suponho que as chances de Bolsonaro se reeleger são quase inexistentes. Há colunistas e missivistas que cobram do principal adversário do capitão e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vá às ruas e volte a falar diretamente com os eleitores. Não compreendem o motivo de o petista despontar nas pesquisas de opinião como o que mais agrada aos eleitores. É muito simples, os brasileiros guardam na memória, e uma grande maioria, no coração, o quanto a qualidade de vida deles melhorou durante os oito anos em que o petista esteve no comando da nação. Mas não só isso, Lula, gostem dele ou não, é o que melhor sabe dialogar com os brasileiros, empresários e autoridades nacionais e internacionais. Ele não tem nojo nem ódio de pobres, pretos e mulheres, o que o faz muito diferente do atual chefe do Executivo e de sua tropa, formada por aporófobos, misóginos, homofóbicos e racistas. Não à toa, o Judiciário acolheu os argumentos da defesa e anulou os processos forjados pelos "garotos de Curitiba", sob a batuta de Sergio Moro, o ex-juiz que desertou da tropa bolsonarista, pois não conseguiu ser promovido a ministro do Supremo Tribunal Federal. Em 2023, o Brasil, com fé em Deus, terá um governo humanista.

José Pio Andrade, Taquari

Velório eleitoral

Feliz do jornal que tem em seus quadros a qualidade profissional de uma colunista como Circe Cunha. A coluna Visto, lido e ouvido, da edição desta quinta-feira, comprova, com o artigo "O velório das eleições de 22", a excelência de um dos raros textos que, a meu ver, retrata, com precisão, o panorama infectado de nossas próximas eleições presidenciais. O que nos espera é uma das mais abjetas indignidades impostas ao eleitorado brasileiro. Ter de opinar entre criminoso sentenciado, mas "descondenado", graças a um colegiado impuro de magistrados da Corte superior, e um celerado eleito em 2018, montado num cenário de mentiras e falsas promessas. Triste sina deste nosso país. Abominável.

Álvaro P. S. Costa, Lago Sul

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