Impunidade
A tortura e o assassinato de três meninos por traficantes do Rio de Janeiro mostra o tamanho da insegurança em que vivemos. Onde estão os policiais da vingança que não conseguem prender esses monstros, que estabeleceram um Estado paralelo, no qual a pena de morte vale para os inocentes? Três meninos mortos por causa de uma gaiola de passarinho? Não há expressão na língua portuguesa que possa qualificar inominável crueldade. Mas traficantes têm muito dinheiro. Quem tem muito dinheiro não é punido neste país — essa é cena a que diariamente assistimos neste país, com a libertação ou o descarte de provas daqueles próximos aos poderes, hoje pouco republicanos. Para esses integrantes da "elite", a impunidade está garantida.
Emiliano Braga,
Asa Sul
Eleições 2022
Chegamos à marca de quase 620 mil mortos pela pandemia do coronavírus, e o governo Bolsonaro se mantém firme contra o passaporte da vacina. Ele só pode desejar que uma nova onda da maior tragédia do século volte a dominar o país: mais gente infectada por todas as variantes do vírus da covid-19 e mais mortes. Afinal, ainda chegamos ao primeiro lugar em óbitos pela doença. Hoje, quando assisti ao discurso do presidente na Cúpula da Democracia, promovida pelo presidente norte-americano, Joe Biden, sonhei acordada para que estivéssemos em outubro e, no mês passado, elegido o sucessor deste péssimo inquilino do Palácio do Planalto. Como o Natal seria outro. A esperança de um ano realmente novo seria concreta. Mas caí na real e vejo que ainda chegaremos a 2022 sob a tortura da atual administração do Brasil. Mais vai passar, ou melhor, esta "página infeliz da nossa história" (como na canção de Chico Buarque de Holanda) será virada.
Filipo Guckeret,
Asa Norte
Liberar geral
Ignorar a orientação da ciência e achar que o passaporte sanitário não deve ser exigido no Brasil, quando outras nações assim o fazem, não é apenas uma insanidade. Revela uma visão equivocada, que poderá resultar em graves danos ao país, caso haja uma nova onda da pandemia no país, como ocorre em vários países europeus. Tornar o Brasil território livre para os turistas que são contrários à vacina é uma estratégia mais do que equivocada. O eventual ganho com os turistas não será suficiente para recuperar a economia brasileira, hoje no fundo do poço, não garantirá emprego para os quase 14 milhões que amargam a falta de renda nem eliminará a fome que afeta quase 20 milhões de brasileiros. O turismo, embora seja um segmento importantíssimo para a economia, não é a solução dos desajustes enfrentados pelo país. Pode ser, na prática, uma faca de dois gumes, se os visitantes trouxerem para o país cepas diversas do novo coronavírus, o volume de dinheiro que deixarem no país não vai sanar as dificuldades enfrentadas pela sociedade nem capaz de assegurar a saúde daqueles que forem infectados, nem ressuscitar os que forem a óbito pelo vírus. A saúde da população é o maior bem que um governante pode proporcionar ao povo. Ainda há tempo para o governo repensar e modificar suas decisões em favor da saúde pública.
Elpídio Torres,
Vila Planalto
Boate Kiss
Sou mãe e coloco-me no lugar de outras mães, pais e familiares daqueles que perderam um filho, ou uma filha, ou um ente querido na tragédia da Boate Kiss, em Porto Alegre, entre as 242 pessoas mortas e outras 636 feridas no incêndio, em 2013. Passaram-se oito anos para, finalmente, a Justiça se pronunciar e, surpreendentemente, ocorreu justiça. Os acusados foram sentenciados com o rigor esperado: dono do estabelecimento Elissandro Spohr foi condenado a mais de 22 anos de prisão; o sócio Mauro Hoffmann, a quase 20 anos; o vocalista da banda Marcelo de Jesus, a 18 anos; e o auxiliar da banda Luciano Bonilha, também a 18 anos.
Mercedes Gusmão Silveira,
Asa Norte
Garimpeiros
O artigo Novo status para garimpeiros (10/12) está muito bem escrito. A tese está defendida com argumentos fortes. Os indígenas agradecem. É importante defendê-los não só porque merecem, mas também porque eles ajudam a preservar o meio ambiente. Tenho certeza de que o artigo repercutiu entre os interessados. Parabéns!
Ernesto Gonzaga,
Asa Sul
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