Bem-vindo de volta, Xavi!

Barcelona segue política de devoção aos ídolos ao oficializar mais um como técnico. Depois de Kubala, Cruyff, Guardiola e Koeman, Xavi retorna ao lar. Ex-meia teve convite para assumir a Seleção

o Barcelona lembra aquela música Família do Titãs. Nunca perde essa mania de apontar ídolos ao cargo de técnico. Aos 41 anos, Xavi Hernández Creus mantém uma velha tradição no patriarcado catalão. Antes dele, mitos como o húngaro Ladislao Kubala, os holandeses Johan Cruyff e Ronald Koeman e o compatriota Pep Guardiola, todos ex-jogadores vitoriosos em 121 anos de história, passaram pelo cargo. Alguns bem e outros malsucedidos.

O Barcelona é o segundo emprego de Xavi na nova profissão. Eleito terceiro melhor jogador do mundo duas vezes, em 2010 e 2011, ele volta ao lar com 25 títulos pelo Barça, único time que defendeu, e quatro à frente do Al-Sadd do Catar.

Alguns antepassados de Xavi deixaram o sarrafo elevado demais. Maior inspiração do novo técnico azul-grená, Pep Guardiola conquistou 14 troféus em quatro temporadas, entre eles três edições do Campeonato Espanhol e duas da Liga dos Campeões. Johann Cruyff deixou 11 troféus no museu do Barcelona na função de treinador.

Dos bons aos maus exemplos. O húngaro Ladislao Kubala empilhou 14 títulos como jogador nos anos 1950. Assumiu o Barcelona logo depois da aposentadoria. Ocupou o cargo de 1961 a 1963 e não ganhou nada.

Antecessor de Xavi, Ronald Koeman fez o gol do primeiro título do Barcelona na Liga dos Campeões, em 1992, contra a Sampdoria. Como técnico, deixou de ter imagem imaculada. Ganhou a Copa do Rei e teve o azar de perder Lionel Messi, eleito seis vezes melhor do mundo, para o Paris Saint-Germain.