Coisas ruins
As piores coisas que aconteceram em 2021, entre outras: 1) A pandemia; 2) o negativismo do Bolsonaro; 3) a queima da Amazônia; 4) a perda da Marília; 5) a representação do Brasil no exterior, por Bolsonaro; 6) a representação do Brasil, por Lula, sem ser absolvido da acusação e sem anuência do Ministério do Exterior.
Montesquieu T. Alves,
Lago Norte
Deusa das letras
Recolho do Correio Braziliense de domingo (21/11) uma memorável alegria e uma avassaladora e inevitável preocupação. A primeira, lendo Ana Dubeux, exaltando a deusa das letras e do jornalismo, a amada e doce mestra, Dad Squarisi, que no próximo dia 27 lança novo livro, Maravilhas de Brasília; A preocupação, que passou a incomodar meu coração, veio por conta do oportuno editorial Pandemia dos não vacinados. O texto salienta o temor do jornal e da Fiocruz. A mesma inquietação de milhões de cidadãos, para o risco das flexibilizações "equivocadas com a proximidade das festas de fim de ano, férias e carnaval". Pelos números oficiais, 25 milhões de brasileiros ainda não tomaram a segunda dose. Em Brasília, são 300 mil pessoas sem a segunda aplicação. Santo Deus. É inacreditável tanto desleixo e irresponsabilidade. Pensam (foi mal) que a pandemia acabou. Melancólica síntese: o vírus da covid vibra com a estupidez do brasileiro. Já providenciou fantasias diferentes para o carnaval. Nada de máscara, mas bastante confete e serpentina. Oremos.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Antibióticos
O primeiro antibiótico (ATB) foi a penicilina, descoberta por Fleming, tão potente que uma dose bastava para curar infecções graves. A síntese dos ATBs popularizou seu uso, o que fez com que as bactérias causadoras de doenças fossem desenvolvendo mecanismos de resistência a eles. A indústria vem sofisticando sua fabricação, criando ATBs cada vez mais complexos. Ultimamente seu uso banalizou-se, pela crença infundada de que devem ser usados para gripes, resfriados e outras viroses. O grande desafio da medicina é vencer a infecção hospitalar causada por bactérias super-resistentes e que já são encontradas fora do ambiente hospitalar. É inútil dispor de ATBs mais avançados quando não se tem o hábito rotineiro de lavar as mãos com água e sabão, pois são elas os grandes vetores de infecções, juntamente com a saliva. A população em geral precisa adquirir consciência sobre o abuso dos ATBs, hoje usados para tosse banal e coriza. Vírus não respondem ao tratamento com ATB. Temos aí a dengue, a febre amarela, a Aids, a hantavirose, e as 'novas' viroses como a do Ebola, a gripe aviária e a covid-19, para as quais os ATBs são inúteis. Se não adquirirmos essa consciência coletivamente não haverá quem nos salve, como no filme Eu sou a lenda. Que se passa em uma Nova York despovoada por epidemia avassaladora do vírus "K". Nem mesmo Will Smith, armado de fuzil e dirigindo carros super-velozes, conseguirá livrar-nos dos efeitos de epidemias viróticas e bacterianas incontroláveis pelos ATBs. Eles são armas quentes, que exigem cautela, precisão e alvo certeiro. A Fiocruz soltou nota alarmante sobre o abuso da azitromicina nessa pandemia: o uso habitual de 8% passou a 80%! Temos obrigação de zelar pela ecologia humana pois, como dizia TT Catalão, "o meio ambiente começa no meio da gente".
Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Submissão
A sutileza dos aliados de Bolsonaro é dinossáurica. A tentativa de uma deputada do DF reduzir de 75 para 70 anos a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a fim de garantir ao presidente a possibilidade de nomear outros "terrivelmente" evangélicos para a Corte, é mais uma iniciativa ridícula. Mas o que se poderia esperar de uma mulher submissa ao misógino inquilino do Planalto? Nada, exceto submissão cega e desvairada. Imagino o quanto se tornará parcial e terrivelmente injusto o STF formado por líderes religiosos ultrapassados, de extrema-direta e indiferentes às necessidades e aos valores civilizatórios do século 21. O Brasil não merece tantos retrocessos. Bastam os recuos e as perdas que tivemos a partir de janeiro de 2019. Estou ansiosa, como milhões de brasileiros, para que logo chegue outubro de 2022. Assim, será possível, dentro da ordem e das leis, ficarmos livres dessa tragédia que é o governo bolsonarista.
Margareth Miranda,
Noroeste
Maracutaia
A cada dia, a imagem das Forças Armadas sofre uma fratura. A suspeita de que Olavo de Carvalho, ex-guru de Bolsonaro, evadiu-se para os Estados Unidos em avião da FAB é algo vergonhoso. Os militares negam. Mas como acreditar, se a cada dia uma chuva de mentiras afoga a credibilidade do poder público no Brasil? Carvalho foi internado com muita rapidez em um hospital famoso de São Paulo e, logo depois retornou aos Estados Unidos quando deveria dar explicações à Justiça. Aí tem alguma maracutaia.
Flávio Albuquerque,
Asa Sul
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