Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Crime digital
A edição de 13/10 deste jornal deu destaque ao aumento de crimes digitais no DF. Aproveito para expor sobre a questão das ligações de empresas de cobrança de contas que, pela insistência, se caracterizam como crime de perturbação. São práticas comuns dessas empresas: ligações robotizadas, insistência de chamadas e, quando atendidas, são desligadas, chamadas por diferentes números, falta de respeito da parte de seus agentes. Cito como exemplo: no começo de 2020, uma agência de cobrança, em nome de um suposto escritório de advocacia de Curitiba, ligava ao meu telefone pelo menos 10 vezes por dia. Diziam que fariam ligações até que eu confirmasse meu CPF. Registrei Boletim de Ocorrência e cobrei da OAB do Paraná que apurasse os fatos. Como a OAB/PR não atende ao meu pedido para fornecer o número do processo apuratório contra esse escritório, vou apelar ao Ministério Público. Contudo, vale, desde já, apresentar ao Congresso Nacional as seguintes sugestões para moralização do assunto: a) que as operadoras de telefonia móvel informem, além do número de telefone, o CNPJ da chamada de origem; b) se o destinatário atender a chamada e a originária a desligar em seguida, proceder ao bloqueio dessa empresa por determinado período e, sob determinadas condições, bloqueio definitivo; c) sejam proibidas chamadas por robots; d) tornar as operadoras de telefonia corresponsáveis pelas chamadas abusivas, ainda que originárias de números diferentes de uma mesma empresa (como ocorre com frequência. Do jeito que está, não dá mais!
Marcos Paulino, Águas Claras


Sátira
O jornalista Vicente Limongi Neto é um crítico mordaz. Na carta ao Sr. Redator (13/10), os elogios ao ministro Paulo Guedes revestem-se de tudo que não poderia acontecer. Tudo dito leva o leitor a rir às gargalhadas. E um humor ferino. O mais interessante é o desejo de ter sido o ministro Guedes escolhido com o Nobel da Economia, por tudo que fez no Brasil, ao contribuir com a inflação alta na nossa economia e esconder os milhões de dólares em offshore. Caso assim ocorresse, o prêmio seria doado”aos desempregados e despejados”. O tópico sobre o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia é uma sátira perfeita. Hoje os homens mais ricos do planeta estão gastando bilhões de dólares para um passeio no espaço sideral, com altura de mais de 500 quilômetros da terra. Ontem, foi lançada uma dessas naves espaciais levando um senhor de 90 anos que estrelou filmes (Jornadas nas estrelas) sobre a exploração do espaço e a vida em outros planetas. Só faltou falar que Guedes poderia concorrer com esses bilionários senhores mandando fabricar a sua própria nave, mas com foguete impulsionador movido a água do mar, pois o gás de cozinha já foi para o espaço. Lançado da base de Alcântara (MA), o foguete tivesse o mesmo desfecho do último que ali explodiu; só assim o presidente Bolsonaro ficaria livre dele, pois não pode demiti-lo: alguma coisa de anormal existe entre eles, capaz de afrontar o superior. Com Moro, a decisão foi rápida, mas até hoje se enfrentam na justiça e se digladiam na vida social.
José Lineu de Freitas, Asa Sul


360 Graus
Amigos e admiradores de Jane Godoy aplaudem efusivamente a volta da Coluna 360 Graus. Ela é a cronista da memória brasiliense, exprimindo menos sua opinião pessoal e transmitindo o sentimento coletivo que move nossa vida social. Sou leitor longevo do Correio, assinante por décadas e leitor cativo da Coluna.
Pedro Gordilho, Brasília