opinião

Artigo: eterno beatlemaníaco

O lendário quarteto de Liverpool não veio à América do Sul. A nós, eternos e nostálgicos beatlemaníacos, restou a possibilidade de assistir a apresentações de Paul McCartney e Ringo Starr

“Será que algum dia eles vêm aí/ Cantar as canções que a gente quer ouvir?”. Este é um dos versos de Rua Ramalhete, composição de Tavito, sócio do mitológico Clube da Esquina, que evocava a esperança da vinda dos Beatles ao Brasil. O lendário quarteto de Liverpool, obviamente, não veio à América do Sul. A nós, eternos e nostálgicos beatlemaníacos, restou a possibilidade de assistir a apresentações de Paul McCartney e Ringo Starr.

No último fim de semana, Ringo lançou o single Change the world single ro, uma das faixas do seu novo trabalho, que chega em setembro às plataformas digitais. Isso me fez lembrar da apresentação do baterista em Brasília, em 18 de novembro de 2011, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Cobri para o Correio esse show, assim como os de Paul McCartney, em 21 de abril de 1990, no Maracanã (do qual também participei da entrevista coletiva); o de 2 de novembro de 2010, no Morumbi, em São Paulo; e o de 23 de novembro de 2014, aqui na cidade, no Estádio Nacional Mané Garrincha.Todos esses momentos estão muito bem guardados na minha memória afetiva, assim como outros ligados aos Beatles

O mais marcante ocorreu em junho de 2019, quando tornei realidade o sonho de conhecer Liverpool, a cidade inglesa onde se originou a banda mais icônica da história do rock. Lá assisti a shows no lendário The Cavern Club, local em que os Beatles subiram ao palco por 300 vezes; visitei o orfanato Strawberry Fields, o museu The Beatles History (que guarda a memória do grupo), conheci a famosa escultura gigante que reúne John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, na região portuária; e participei da imperdível Magical Mystery Tour, passeio por pontos turísticos que remetem aos FabFours.

Em Brasília, a memória dos Beatles é cultivada por duas bandas covers: a Friends, liderada pelo guitarrista e vocalista Sergei Quintas; e a Let it Beatles. Ambas estiveram em Liverpool e tocaram no Cavern Club. A Let it Beatles, que voltei a aplaudir, sexta-feira última, no Feitiço das Artes (306 Norte), faz concerto ao lado da Orquestra Filarmônica de Brasília depois de amanhã, às 19h, pelo projeto gastronômico Vibrar, na área externa do Ginásio Nilson Nelson. Tá aí uma boa experiência para ser vivida — mesmo para quem não é um beatlemaníaco.