O atropelamento de Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, uma servidora pública de 40 anos, deixou os brasilienses estarrecidos. O vídeo de um minuto e meio de duração que flagra toda a ação ocorrida no Lago Sul reúne todos os elementos que jamais deveriam existir nas pistas da nossa capital: descontrole, imprudência, ameaças, violência e falta de respeito com o próximo. Situações que presenciamos diariamente no asfalto.
O caso teve ampla repercussão nas redes sociais do Correio. Selecionei três relatos de leitores sobre como enxergam ou lidaram com situações análogas. É o caso de E.S.M.: "Uma vez eu bati na traseira de um carro no semáforo. Ele, além de me pedir a minha CNH, ainda me seguiu até em casa (bem semelhante ao caso). Eu fiquei apavorada, entrei e ele continuou lá fora, fiquei com medo que invadisse minha casa. Estava só com minha filha, pedi ajuda e um vizinho, que é policial, veio e botou ele para correr. Foi um risco muito grande".
W.A. compara sentimentos: “Desequilíbrio. Se estivesse armado, possivelmente atiraria. A raiva que motiva o atropelamento é a mesma que aperta o gatilho”. Já B.B. cita como os casos são recorrentes no Distrito Federal e aconselha: "Quando você arrumar briga de trânsito, sai fora, deixa para lá, não compensa. Olha só aí o resultado: ela vai sofrer pelo resto da vida se sobreviver e, claro, ele vai pagar uma fiança mínima e viver bem. Muitos passam por situações como essa todos os dias, só que ninguém sabe quem é o louco do outro lado".
O autor do atropelamento está preso. A Justiça decretou a prisão preventiva do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem. Vai para a Papuda. Pelas provas e testemunhos reunidos até agora pelos investigadores, responderá por tentativa de homicídio. Um crime grave, que costuma render sentenças em regime fechado. Ou seja, está claro que a violência no asfalto não é sinônimo de impunidade.
Já presenciei muitas desavenças no trânsito. Xingamentos, gestos obscenos e até troca de socos, como ocorrido em 2005 num sinal em frente ao Sudoeste, que rendeu um processo judicial e o agressor acabou condenado a 120 horas de serviço comunitário. Além de ser prova da falta de civilidade, querer fazer Justiça com as próprias mãos por “barbeiragens” de outra pessoa rende punição. Então, sangue frio. Tenha autocontrole. Explosão de raiva não vale a pena. Pense nisso.
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