Sr. Redator

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Obra pública

Como antigo morador do Sudoeste, cumprimento o governador Ibaneis Rocha pela boa notícia por ele divulgada de que acabou de assinar a ordem de serviço para a construção do viaduto que ligará o Sudoeste ao Parque da Cidade. Trata-se de velha reivindicação dos moradores do bairro. A obra foi prometida pelo então Governador Rollemberg, mas só agora deixou de ser uma promessa para se tornar, em breve, realidade. O objetivo é dar fluidez ao trânsito e evitar os frequentes acidentes que ocorrem principalmente, na rotatória, entre as avenidas Central e das Jaqueiras. Parabéns à comunidade do Sudoeste, aos que para aqui se dirigirem por algum motivo e ao nosso governador pela decisão adotada .
» José Leite Coutinho,
Sudoeste


Sapiência

Com o advento da pandemia, pessoas leigas em medicina e saúde pública adquiriram notável saber sobre tudo nesses assuntos. Sem formação, essas pessoas garantem que a covid é a única doença do mundo que não deve ser tratada, que os medicamentos propostos são ineficazes, que o único caminho para controlar a contaminação é o lockdown, que a cura está na vacina experimental, a qual o governo deveria ter começado a aplicar antes de estar pronta. Não apresentam provas de nada, são dogmáticos e sem argumentos. Sabem até que as vacinas são seguríssimas, fato que nem os fabricantes atestam. Os mais exaltados querem a prisão, por oito anos, para quem não se vacinar ou prender médicos dedicados a cumprir seu juramento ou cassar-lhes o diploma. Apontam como criminosos os médicos que tentam curar as pessoas e distinguem como cientistas os que recomendam ficar em casa até precisar de UTI. Sem ter feito nenhum curso na área, sentem-se PhDs por repetir, como papagaios, quatro chavões: ciência, ineficácia, genocício e negacionismo.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul


Toma lá dá cá

Deu um nó. Está sempre dando, na política brasileira, porque é mesmo da natureza da política produzir complicação, aqui e no resto do mundo. Mas desta vez parece que se formou entre governo, Congresso, Judiciário, partidos políticos e o resto da nebulosa que compõe a vida pública brasileira um nó de escota duplo, ou um lais de guia holandês, ou algum outro dos muitos enigmas criados pela ciência dos marinheiros, desses que você olha, mexe, olha de novo e não tem a menor ideia de como desfazer. É fácil para os marinheiros, mas só para eles. Como, no presente momento, não há ninguém com experiência prévia a respeito da desmontagem dos nós que apareceram desde que Jair Bolsonaro formou seu governo (exceção o agronegócio), o mundo político está com um problema sério. Como se sabe, é a primeira vez na história recente do Brasil que o time inteiro de cima foi montado inicialmente sem ninguém pedir licença aos políticos, ou sequer perguntar a sua opinião e menos ainda comprar seu apoio com a entrega de cargos na administração. No entanto, o quadro mudou, o presidente Jair Bolsonaro cedeu, pois não há como a ciência política considerar indispensável, nada de “engenharia política”. Isso quer dizer, na prática, que tinha ficado difícil fazer a turma da situação votar a favor do governo, pois a maior parte dela passa mal se tiver de votar alguma coisa por princípio, ou seja, de graça. Diante disso, o presidente Bolsonaro abriu o castelo e acolheu ao seu ninho o vampiro Centrão, pois não teria outro tipo de jogada política para obter o apoio no Congresso. Esse nó o presidente conseguiu desatar, por meio do toma lá dá cá, condição essa que condenou com veemência na sua campanha em 2018.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Ocupações

Palmas para Conplan/Seduh/GDF, pela sensibilidade e avanço na busca de adequar e disciplinar as ocupações irregulares de áreas públicas nos comércios da Asa Sul/Plano Piloto (CB/Caderno Cidades/Capital S/A, de 18/6/2021, pág. 18). É chegado o momento de rever, também, as ocupações indevidas de espaços públicos nas frentes e laterais das residências nas 700 Sul e Norte. Necessário se faz garantir aos moradores a sensação de segurança, sem contudo, descaracterizar a escala gregária de Lucio Costa, confirmada no tombamento de Brasília pela Unesco, como Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade. Para tanto, sugiro que o alinhamento da frente das casas seja garantido, com a remoção de toda e qualquer edificação que ultrapasse os limites do gabarito de cada uma delas, coibindo, assim, qualquer avanço/construção que adentre na área do jardim da residência. Assim sendo, cada jardim estará sob proteção de grades vazadas que preservem no morador e vizinhança a sensação de segurança. Quanto aos avanços das áreas públicas nas laterais das casas, seria interessante a manutenção das grades vazadas, com afastamento de um metro e meio (1,5 m) da residência para garantir a sensação de segurança, contudo, sem qualquer concessão para edificação/construção nesse espaço físico. Dessa forma, o GDF estará assegurando às gerações atuais e futuras o compromisso com o tombamento da capital de todos os brasileiros e o respeito à coisa pública.
» Amilton Figueiredo,
Asa Sul