Circo na Esplanada
A CPI da Covid está se tornando em mais um circo com representantes do governo e da oposição trocando ofensas a toda hora. É preciso ter seriedade na discussão sobre um assunto sério como a pandemia que já matou mais de 400 mil brasileiros. De um lado, os senadores da oposição criticam o governo e o responsabilizam por tudo. Como se a pandemia tivesse sido criada pelo governo. De outro, os senadores governistas parecem querer esconder os erros, falhas e omissões do Executivo. Como se o governo não tivesse nenhuma responsabilidade por tudo que aconteceu e acontece no país. Mais seriedade, senadores!
» João Carlos,
Asa Sul
CPI da Covid
A CPI foi instaurada para apurar se houve irregularidade ou omissão de autoridade para combater a covid-19. Entretanto, no decorrer dos depoimentos das testemunhas, o que se observa é o desvirtuamento dessa linha planejada: relator ameaça testemunha, chama-a de mentirosa, faz perguntas subjetivas e tendenciosas, induz a resposta, pede prisão e procura incriminar o presidente da República e o ex-ministro da saúde general Pazuello: virou um picadeiro. O CPP (Código de Processo Penal) estabelece que a testemunha deve ser tratada com respeito pelas partes, as perguntas não devem induzir ou sugerir as respostas. O Código de Processo Civil, aplicado por analogia, dispõe no mesmo sentido (art. 3º do CPP). Nesses diplomas legais, consta que a testemunha não é obrigada a depor sobre fatos que lhe acarretem grave dano, também consta que são suspeitas e, portanto, não prestam compromisso o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo. No caso do general Pazuello, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a liminar para que ele possa ficar calado, até mesmo porque a Comissão, pelo que se vê de afoiteza, o senador relator Renan, pretende acusá-lo de omissão na condução do ministério. Isso ficou claro tanto no depoimento do gerente da Pfizer, Carlos Murillo, quanto no do ex-secretário da Presidência da República. Com todas essas estripulias da CPI, lembro-me do caso do senador Arnon de Mello, que, em discussão com outro senador de Alagoas, nos idos de 1960, terminou em atirar em desafeto e matar o senador Kairala, que nada tinha com as rixas deles.
» José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Escárnio
É impressionante como as autoridades são pródigas em gastar dinheiro que sai do bolso do contribuinte! Essa portaria que burla o teto salarial no serviço público é um escárnio, um deboche e imoral. Será que R$ 39 mil, o atual teto, não é suficiente para que os altos funcionários que o recebem possam viver dignamente? Presidente Bolsonaro, o senhor, que foi eleito fazendo a apologia da moralidade no serviço público, será que não vai revogar essa portaria imoral? E isso não fica só no âmbito federal: foi aberta uma licitação na Câmara Legislativa do DF para a compra de uma caminhonete para a Polícia Legislativa no valor de R$ 286 mil. Para quê? Quem dá apoio de segurança para a “gaiola de ouro” do GDF não é a PMDF? De fato, lidar com o dinheiro alheio é uma maravilha!
» Paulo Molina,
Asa Norte
Supersalários
Que dizer que descongelar salários dos servidores não pode. Mas furar o teto para possibilitar supersalários para ministros apaniguados pode? (14/5). Mais uma vez, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mostra-se patético e incoerente. Figurão inconsequente, que adora fazer chacotas contra servidores. Nessa linha, o responsável pela Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco, deplora a decisão, afirmando que, “em plena pandemia, com milhões de pessoas desempregadas e outras passando fome, essa decisão é imoral”. A propósito, a meu ver, além de imoral, é cretino e debochado o deputado federal parlapatão, Gilson Marques (Novo-SC), que, ao defender a reforma administrativa, afirmou que “Brasília é um antro de servidores públicos” (Eixo Capital,14/5). O histérico e obscuro parlamentar fala com esmero sobre antros. Seguramente, nasceu em um deles. A operosa e ordeira classe de servidores públicos, que colabora com o engrandecimento do Brasil, repudia, energicamente, insultos e sandices de infames serviçais de banqueiros. Lavem a boca com detergente e palha de aço antes de dizer asneiras sobre Brasília e servidores públicos
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Ladrões de bancos
A mais nova modalidade dos ladrões que circulam livremente no Plano Piloto é roubar banquinhos de concreto das quadras esportivas. Os dois bancos da quadra da 110 Norte (do lado do Plaza Shopping) já foram devidamente arrancados e deixados de lado. Agora, os bandidos só estão esperando um dia mais tranquilo para carregarem os assentos públicos para onde bem entenderem.
» Ricardo José Tavares,
Asa Norte