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Brasília, 61 anos

Para conhecer Brasília,
Tem que pisar neste chão
Aqui, nossas tesourinhas
Não cortam unhas de mão
Asa sul e asa norte
Não são peças de avião

Conheci muitas cidades
E não vi outra mais bela
Araras passam gralhando
Defronte à minha janela
Aqui os ipês floridos
Parecem linda aquarela

Os eixos daqui não giram
Tal qual peças de caminhão
Mais estranho é que no trânsito
Você encontra um balão
Não tem ar, não é inflável,
Não voa nem sai do chão.

» Iveraldo Sampaio,
Asa Sul


Filantropia

Em um país com necessidades prementes como o Brasil, principalmente neste momento de grave crise sanitária, onde estamos chegando a quase 400 mil brasileiros mortos, com acachapantes e inquestionáveis 15 milhões de desempregados e fome instalada de Norte a Sul, é difícil concentrar-se em poucos temas, pois todos são urgentes. A sociedade tem que atuar, e é necessário ter foco nesses temas, sob o risco de não fazer diferença de verdade. Com certeza, o senso humanista e patriótico do brasileiro tem a consciência da necessidade de nos unirmos para chegarmos a soluções duradouras. A vacina está chegando a passos lentos, a fome não espera! É triste e doloroso para um chefe de família ser questionado pelos filhos sobre a entrega de um alimento. A expressão hebraica “tsedaká” tem sua raiz na palavra “tsedek” (justiça). É a ideia de compartilhar tudo o que transborda em nossa vida, como tempo, dinheiro, alimentos, vestuário ou conhecimento. Afinal, todos nós temos algo em alguma área que transborda. Em português, é o que chamamos de filantropia. Devemos ajudar no que for preciso, dentro das condições de cada um e estimular a prática do tsedaká. É fundamental compreender que não podemos esperar pelas ações do governo. Independentemente de classe econômica e social, a sociedade em geral, somos todos responsáveis direta ou indiretamente pelo abismo social existente no país. O nosso privilégio é do tamanho da nossa responsabilidade em estender a mão aos nossos irmãos brasileiros necessitados. Estenda a sua!
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


CPI da Covid

A mobilização da base governista contra a CPI da Covid deixa claro que o Palácio do Planalto tem culpa no cartório em relação às quase 400 mil mortes pelo novo coronavírus. O medo que atormenta o presidente e seus asseclas deixa patente que o governo conspirou contra a saúde pública e teme as consequências pela irresponsabilidade com a vida dos brasileiros, com a fome e a miséria que se alastram pelo país. Também, não à toa, estão engavetados na mesa do presidente da Câmara, Arthur Lira, mais de 100 pedidos de impeachment contra o presidente. Não por acaso, integrantes de alta patente do Exército e de outras corporações das Forças Armadas desceram do palanque bolsonarista. Homens bem formados, eles sabem que o Brasil se tornou um covidário, com múltiplas variantes do vírus, devido à negligência palaciana. Não dá para esconder nem colocar debaixo do tapete das trapaças quase 400 mil mortos e mais de 13 milhões de infectados, mais de 100 milhões de famintos nem mudar o roteiro de que o Brasil voltou ao Mapa Mundial da Fome. Os estragos do vírus foram potencializados pelo descaso e pelo descompromisso do governo com os cidadãos. Não se sabe quando, mas a Justiça ainda alcançará os responsáveis por esse morticínio inominável. É o mínimo.
» Wilson Cosme,
SQS 316,

» Pronto! O Circo vai abrir as cortinas. Mais uma CPI no Congresso Nacional, onde os palhaços se digladiarão por cargos e holofotes. Mas nós, também palhaços, iremos nos contemplar com as trapalhadas comuns em comissões que apuraram o nada. Assim, será mais uma CPI. Teremos, com certeza, orgias de palavrões e xingamentos sem piedade nem dó. Essa CPI servirá para que alguns senadores mostrem aos eleitores de seus estados o quão a covid-19 com suas quase 400 mil mortes (nada comprovado), é um verdadeiro palanque para enganar pessoas conscientes que acreditam em mentiras, balelas, engodos. Assim, durante um bom período haveremos de ver alguns manés processados tentarem jogar na lama um governo que tem agido nos ditames da democracia, inclusive com um STF sem moral tentando interferir no governo. Acho, sinceramente, que essa será mais uma CPI que não terá resultado algum, a não ser dar luz para muitos enganarem trouxas, especialmente, de estados cujos mandatários são verdadeiros “coronéis”. Pena!
» José Monte Aragão,
Sobradinho