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Rei nu

A farsa da “demissão” dos comandantes militares, antes que eles renunciassem aos seus postos, em solidariedade ao ministro da Defesa, nos remete à realidade de que “O rei está nu!”, como nos narrou em seu conto de fadas o dinamarquês Hans Christian Andersen.
» Lauro A. C. Pinheiro,
Asa Sul


Bolsonaro

Pronto! O presidente Jair Bolsonaro não governa mais o país. Apenas cumpre ordens dos urubus do Centrão. Lamentável. O Centrão atirou com uma espingarda lazarina, ou seja, colocou um só chumbo. Era para derrubar o ministro Ernesto Araújo, de Relações Exteriores. O tiro atingiu seis alvos, desnecessariamente. Todos os ministros que foram demitidos pelo Centrão estão constrangidos ou furiosos. E, agora, presidente Bolsonaro, como governar se um segmento da política tenta isolá-lo do povo? Não bastasse o STF, agora, surge outro rival do chefe da nação. Aja, senhor presidente. Mostre a seus eleitores que quem manda nessa joça é quem foi eleito com mais de 57 milhões de votos. Espero que o Centrão não derrube o ministro da Economia. Se isto acontecer, estaremos no mato sem cachorro. Reaja, Bolsonaro.
» José Monte Aragão,
Sobradinho


Economia

As agendas econômicas no Brasil perdem velocidade com o tempo. É habitual. Em parte, por tentarem impor sacrifícios a uma sociedade criada e amadurecida num ambiente de mistificação. O país está convencido de que problemas podem ser resolvidos por um passe mágico. A última tese diz que, se a corrupção for combatida como se deve, vai sobrar dinheiro para saúde, educação, segurança. A verdade? Se a corrupção, problema sabidamente grave, for reduzida a zero, as dificuldades financeiras do Estado ficarão mais ou menos do mesmo tamanho. A percepção geral, medida pelas pesquisas, é que o governo Jair Bolsonaro combate a corrupção. Nesse ambiente, pelo motivo apontado, é imensamente difícil para o ministro da Economia convencer a sociedade da necessidade de criar e aumentar impostos, principalmente, em época de grave crise sanitária. Um novo imposto, com o novo nome que tiver, é uma batalha aparentemente perdida. De tempos em tempos, aparece uma ideia, como o tal imposto sobre o consumo não saudável, o “imposto do pecado”. Apenas para ser soterrada sob uma avalanche desencadeada pelo senso comum. Qual a solução? Na teoria, uma reforma administrativa que ajeite com racionalidade as despesas para que caibam nas receitas sem sobrecarregar ainda mais a sociedade. Aí surge outro problema habitual: o poder de pressão da elite do serviço público. Diante desse quadro, o presidente da República, que provém das Forças Armadas, com três décadas no Parlamento em defesa da corporação, não seria politicamente inteligente se ele caminhasse para um estelionato eleitoral.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Ernesto

Como representantes do povo e sabedores de que a população estava ansiosa para ver Ernesto Araújo afastado do cargo de ministro das Relações Exteriores, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), trabalharam para que isso acontecesse. Foi-se aquele que não deveria ter vindo. Relacionar de maneira construtiva com diferentes países nos campos comercial, político e econômico é missão de quem está à frente dessa pasta. Senhores presidentes da Câmara e do Senado, podem estar certos de que o povo, dono do poder, está se sentindo representado. Continuem atentos. Goela abaixo, nada.
» Jeovah Ferreira,
Taquari


Golpe

O movimento militar de 64 completou 57 anos. Golpe ou revolução? Ambos. Golpe enquanto destituiu um governo legalmente constituído, e revolução, ao mudar o rumo do país. Para melhor ou pior, só saberíamos se voltássemos no tempo e continuássemos com o populismo descompromissado com a economia vigente à época no país. O movimento teve apoio popular, da grande imprensa e de políticos, que hoje, a exemplo de Pedro, negam três vezes. Nos vinte anos de governo militar, Castelo Branco foi o único estadista. Entre outros feitos, criou o FGTS, o BNH, a caderneta de poupança e a correção monetária, que promoveram um grande salto na poupança interna do país. Os demais perderam o rumo ao não se oporem ao discurso “prendo, torturo e mato, porque, senão, vem os comunistas e prendem, torturam e matam”, além de um nacionalismo estatizante e improdutivo, que contribuiu para a perpetuação de um país pobre deitado em berço esplêndido. Hoje, os poucos que defendem publicamente o movimento de 64 o fazem, infelizmente, defendendo a tortura. Equivale à igreja defender a inquisição e a pedofilia como exemplos de cristianismo. Quando defendem torturadores, desonram grandes personalidades militares da nossa História, como Osório, Caxias, Rondon, Mascarenhas de Morais, Castelo Branco e muitos outros.
» José Tadeu Palmieri,
Sudoeste