Eram os anos 2000 quando o duo francês Daft Punk estourou mundo afora com o hit One more time. A faixa foi o primeiro single do álbum Discovery (2001) e até hoje é o maior sucesso de Guy-Manuel de Homem-Cristo e Thomas Bangalter.
A canção trouxe de volta a sonoridade da dance music que tocava nas pistas de dança nos anos 1970 e 1980. Mas com uma contemporaneidade da época em que foi lançada ao incluir uma pegada “robótica”. Afinal, Guy e Thomas eram apresentados apenas como “dois robôs”, sempre escondendo as identidades, e vivíamos os anos 2000, quando se tinha uma visão bem diferente e moderna em relação ao futuro.
Desde então, a dupla, que se lançou em 1993, tornou-se extremamente relevante no mundo da música por antecipar tendências no pop e no eletrônico. Anos mais tarde, fez sucesso de novo ao se juntar com o produtor Pharrell Williams nos também hits Get lucky e Lose yourself to dance.
Não importava o momento da carreira, o Daft Punk sempre prezou pelas inovações e por um trabalho que unia a música e o audiovisual. Quando lançou One more time, a música ganhou um videoclipe feito pelos mesmos produtores de animações como Dragonball e Os Cavaleiros do Zodíaco que se transformou no filme Interstella 5555, concluído com os lançamentos dos clipes das demais faixas de Discovery.
Ao anunciar o fim dos 28 anos de história na última segunda-feira, a dupla fez o que sabe de melhor: entregou um produto que toca aos fãs. A notícia, claro, é triste. Perde o cenário musical internacional. No entanto, o modo escolhido pela dupla honra a própria trajetória.
Nas redes sociais, eles compartilharam um vídeo intitulado Epilógo, em que é possível ver os dois homens com capacetes andando e se distanciando cada vez mais. Até que um deles, simplesmente para. Ao perceber a ausência do amigo, o outro olha para trás e retorna. A partir daí, acompanhamos o fim, quando uma contagem regressiva precede à explosão de um deles, decretando o encerramento do projeto.
Por enquanto, a dupla não se pronunciou. Mas o vídeo passa uma mensagem de que, talvez, eles estivessem seguindo caminhos distintos. Teremos de esperar para saber se veremos os dois ainda por aí. A música agradeceria. Se não for possível, fica o legado. E que legado!
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.