Sr. Redator

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Voto eletrônico

O artigo Voto impresso (18/1), da deputada federal Bia Kicis (PSL -DF), denota uma tendenciosidade sem precedente. Ela está fazendo o jogo do presidente Jair Bolsonaro, que pressupõe que o voto eletrônico está sujeito à burla, quando sabemos que esse, em diversas eleições, mostrou-se eficiente e seguro. É o desespero para vencer as eleições de 2022. Isto leva ambos a essa desvairada atitude, ainda mais considerando que o custo/benefício da impressão é elevado, e que o voto eletrônico já está com a experiência comprovada.
» Enedino Corrêa da Silva, Asa Sul

 

Risco de morte

O presidente eleito dos Estados Unidos (EUA) corre sério risco de morte. Os fanáticos são traiçoeiros e vingativos. Até para aparecer matam. O primeiro presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, foi assassinado friamente no interior de um teatro sem qualquer motivo. De lá, até hoje, três presidentes norte-americanos foram assassinados. John Lennon, que era um cantor famoso, foi brutalmente morto por um fanático, causando grande comoção em todo o mundo. Nos EUA, qualquer cidadão pode adquirir uma arma, de qualquer calibre: fuzil com luneta, metralhadora ou outra arma mortífera, com capacidade para atingir o alvo a mais de mil metros de distância. O presidente Kennedy foi abatido a uma distância de mais de 300 metros, mesmo usando carro blindado e todo aparato de segurança jamais visto. Como ensinava Mao Tsé-Tung, da surpresa ninguém se livra.
» José Carlos Magalhães Júnior, Brasília

 

Vacina

Li com muita atenção a primorosa carta de uma leitora e comungo com suas ideias ao elogiar e agradecer todo o esforço das equipes de saúde responsáveis pelos tratamentos adequados. Contudo, faço uma ressalva: Mônica Calazans, a primeira pessoa a ser vacinada em São Paulo, é uma cidadã brasileira, profissional competente e respeitada no seu incansável trabalho, e não “uma enfermeira negra” como disse o governador João Doria!
» José de Mattos Souza, Lago Sul

 

Embuste

Chegando em 1986 ao já extinto 43º BIMTZ de Cristalina, Goiás, como tenente médico, recém-egresso da Escola de Saúde do Exército, constatei que o único cilindro de oxigênio do Batalhão estava vazio havia muito tempo, embora fosse levado na ambulância para todos os eventos. A alegação era de que as válvulas estavam fora do padrão e não conseguiam carregar. Consegui um local para recarregá-lo. Como o transportaria pessoalmente no meu carro, pedi permissão para retirá-lo ao subcomandante. Não recebi autorização, pois, segundo ele, naquela semana, haveria o Teste de Aptidão Física (TAF), periodicamente realizado por todos os militares, e o cilindro deveria estar disponível. Questionei meu chefe sobre para que serviria um cilindro vazio de oxigênio na ambulância. A resposta foi lapidar: “Para elevar o moral da tropa!”. Embusteiros nunca faltaram nem faltarão!
» José Tadeu S Palmieri, Sudoeste

 

Sabotagens

O brasileiro adora acreditar. Acredita que o sol escaldante mata o coronavírus. Acredita que o Bolsonaro vai cair em si depois do impeachment de Trump na Câmara e que vai parar de sabotar a vida, a floresta, a ética, a compostura, as mulheres, o Banco do Brasil, a Polícia Federal e a democracia. Não vai. O brasileiro acredita em horóscopo. E acredita que vermífugos e remédios para piolhos ajudam a evitar e amenizar a infecção por covid-19. Não importa que nenhum país sério acredite. Não importa que a eficácia não tenha sido comprovada. Alguns médicos e uma turma de pacientes ricos e instruídos se apegam à ivermectina para fortalecer o organismo contra o vírus que matou mais de 200 mil só no Brasil. O Brasil vai na contramão do conhecimento. Somos campeões da autoestima inflada. Não precisamos da Ford. Nem da China. Brasileiro adora um amuleto e um remédio — é de nossa cultura. No novo pico da pandemia, o Ministério da Saúde acaba de lançar o aplicativo Trate COV, que estimula cloroquina e outros remédios inúteis para covid. Uma enganação completa. Alguém deve estar ganhando dinheiro com isso. Ao debochar publicamente de máscaras e distanciamento social, Bolsonaro “sabota a vida”. A Human Rights Watch detectou. Uma boa crença está sob ameaça. A crença na ciência. Enfim, a vacina chegou! Não tenha receio. Vacine-se! Quanto mais gente for vacinada, melhor será nossa imunização. Mais cedo acordaremos desse pesadelo. Do outro, cuidaremos em 2022.
» Renato Mendes Prestes, Águas Clara

 

Alienação

Pode parecer conto da carochinha, mas ainda existe uma grande quantidade de brasileiros que não percebeu que o comunismo naufragou. Até Hitler foi taxado como tal e não houve protesto da esquerda. Continuam acreditando que estão escondidos debaixo de nossas camas, devorando criancinhas e violando velhinhas. Essas teorias estapafúrdias estão sendo alimentadas por um governante insano e historiador brilhante. Ditadura só de esquerda. Na direita, só patriotas íntegros (vide Centrão). Bem, existem estátuas de Salazar e Pinochet (guru do Felipão), cultuadas até hoje. Portanto, não somos só nós os alienados.
» Renato Vivacqua, Asa Norte