Tolerância
“Em 1936, Sérgio Buarque de Holanda escreveu o livro Raízes do Brasil, em que considerava ser o “brasileiro um Homem Cordial”. Provavelmente, veria na atualidade que há muitos brasileiros cordiais, mas há muitos de índole cruel, pois agem para maltratar suas companheiras, quando não as matam. Em resumo: vamos buscar as raízes dos homens afáveis, capazes de serem construtivos ao constituírem suas famílias, que busquem a tolerância e a cordialidade nas iluminadas profundezas de suas mentes e corações. Que seja assim ao abrigar, no ano que começa, o esperançoso bebê 2021.
» Aldo Paviani,
Brasília
Gol
A imagem de uma TV — que já foi acusada por figurão do governo de “querer grana” — mostrando o presidente esborrachando-se no chão, após fazer um gol, sem goleiro, é uma verdadeira comédia pastelão. Os toscos torcedores fanáticos aplaudiram, freneticamente, a obra de arte.
» Renato Vivacqua,
Asa Norte
Críticas
O Correio tem dado grande destaque a uma imaginária volta da inflação em sucessivas reportagens, intituladas “Inflação é a maior em 5 anos e subirá mais” (9/12); “Inflação esvazia ceia de Natal dos brasileiros” (23/12); “País inicia 2021 com inflação à espreita” (28/12). Na primeira, o título dá subliminarmente a impressão de que, em 2020, a inflação seria a maior desde 2015, que naquela ocasião atingiu 10,71%. Entretanto, o texto não se refere àquele ano, mas ao seu mês de novembro, o que muda todo o seu significado e importância. Na verdade, a inflação de novembro de 2020 é de 0,81%, menor do que 1,01% de novembro de 2015. Em relação à inflação de dezembro de 1,06%, para ser ter uma ideia de seu impacto, basta considerar que uma mercadoria qualquer, cujo preço em novembro fosse R$ 10,00, passaria a custar R$ 10,06, um aumento inferior a uma moeda de 10 centavos. Trata-se, pois, de uma simples flutuação sazonal de fim de ano. Se considerar a inflação acumulada dos 12 meses de 2020, projetada para 4,23%, a mesma mercadoria que em janeiro custava R$ 10 passaria a custar R$10,42. Há que se convir que uma inflação anual de 4,32% ou uma inflação mensal de 1,06% não “esvaziam nenhuma ceia, nem ameaçam a economia de 2021”. Nem anunciam a volta do “fantasma da inflação”. As três reportagens são mera especulação, sem a mínima base, o que não se coaduna com a tradição e seriedade do Correio Braziliense, um dos principais jornais do país, que assino e leio há mais de meio século. Lamentavelmente, destoam da seriedade e profissionalismo da Editoria de Opinião. Ari Cunha e Edilson Cid Varela, exemplos de jornalismo, devem estar preocupados.
» Cid Lopes,
Lago Sul
Vacina
É de pasmar. Não é piada nem notícia falsa. O governo do incompetente, inconsequente e calamitoso Bolsonaro anuncia que só conseguiu comprar inacreditáveis 2,8% de seringas e agulhas, para começar a vacinar milhões de brasileiros. Nessa linha, recordo trecho do que escrevi dia 23, nas redes sociais, saudando a chegada da vacina: Não esqueça de trazer milhões de seringas. Você conhece a má fama do Brasil. Deixamos tudo para a última hora. A improvisação e o amadorismo estão em todas as partes. Sobretudo nos gabinetes dos graduados burocratas.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Capa
O Correio “se superou” em criatividade com a apresentação da capa na edição de 31/12. O ano velho levando a covid embora e o ano novo chegando com a vacina! Fantástico!
» José de Mattos Souza,
Lago Sul
Poderes
Muitos temem uma intervenção militar em nosso país. Mas há de se perguntar: o que a Suprema Corte vem fazendo com muita constância em suas decisões monocráticas, como podemos chamar ou classificar? No meu entendimento, não passa de uma intervenção no Poder Executivo. Eu vejo isso como um incentivo ao Executivo, a qualquer momento, desobedecer tais decisões. É notório que essas respectivas decisões são de caráter raivoso e provocadas por vaidades pessoais. Nós estamos no momento do país em que a harmonia entre os Poderes está só no mundo imaginário. O que se vê em todos os momentos é um querer mandar mais do que o outro. Estamos a um passo da anarquia. Então, senhores detentores dos Poderes constituídos, é hora de pensar no país e na nação, não em vaidades pessoais. Depois, não chorem pelo leite derramado.
» José Bonifácio,
Cruzeiro