Trump
O mundo assiste estarrecido à não aceitação dos resultados das eleições norte-americanas pelo presidente Donald Trump. Não é de hoje que o arrogante presidente sabia que ele não seria reeleito. Muito antes das eleições, ele já vinha lançando suspeita de fraudes, coisas daqueles que, pelo poder, não se importam em provocar grandes estragos numa nação.A sua irresponsabilidade fará com que milhões de eleitores passem o resto de suas vidas acreditando que a vitória de Biden aconteceu por fraude no sistema eleitoral. Trump irresponsavelmente tenta manchar a democracia americana. A regra é: se a maioria do povo não quer, arrume as malas e caia fora. Para que se tenha mandato renovado, é necessário que bem tenha trabalhado. É muito provável que um soldado e um cabo não garantam a permanência do atual inquilino da Casa Branca. Evite interferência.
Jeovah Ferreira,
Taquari
Refis
O Refis, talvez seja, depois do cartão corporativo, a maior benesse política do Brasil. O empresário pega dinheiro com os governantes supostamente para salvar um negócio mal gerido que está se esboroando. Como, geralmente, são fornecedores de campanha, é muito fácil muitas vezes pegam o dinheiro, enfiam nas insaciáveis algibeiras e aplicam em benefício próprio, não pagando as prestações nem impostos, pois sabem que o solícito Refis virá socorrê-los. Choramingam que, caso não sejam atendidos, terão de demitir em massa. Chantagem explícita, já que os trouxas honestos compensarão o rombo. Há casos de 99% de abatimento. O estado, comprometido politicamente não tem coragem para cobrar. Já repararam que os governantes vivem colocando raposa no galinheiro? Os secretários sempre são altos dirigentes de empresas. Acreditam que estejam preocupados com a penúria do povão?
» Renato Vivacqua,
Asa Norte
Subserviência
Diante da subserviência do governo brasileiro a um governante americano, sentimos saudades do governo de Ernesto Geisel, 1974-79, que deu ao país uma política externa independente. Isso, numa época em que o mundo ainda era dividido em duas áreas de influência: dos EUA e da União Soviética. Militar preparado, o general mirava a grandeza e a soberania do país, fora da dependência e alinhamento ideológico automático aos EUA. Na diplomacia, diversificou nossas relações, buscando alternativas e mercados. Em 1974, reatou relações com a China — rompidas em 1964; assinou tratados com países da América Latina; aproximou-se dos países árabes e da África. Criou dezenas de embaixadas. Em busca de investimento, tecnologia, mercados e insumos, viajou ao Reino Unido, França, Alemanha e Japão. Em 1975, adquiriu turbinas de usinas hidrelétricas na Rússia. Como, desde 1974, o governo Nixon não fornecia urânio para a usina de Angra, assinou com a Alemanha o Acordo Nuclear para construir usinas e transferir tecnologia, enfrentando os EUA. Em 1977, denunciou o acordo militar com os EUA, rejeitando imposições do Senado americano. Geisel governou numa década difícil, com crises financeiras e choques do petróleo, mas manteve o país de pé, sem se curvar diante de ninguém. Hoje, estaria muito triste vendo as pessoas desistirem de construir um grande país e disputarem se seremos colônia dos EUA ou da China. Pobre Brasil.
» Ricardo Pires,
Asa Sul
Besteirol
Das máscaras às vacinas em processo de estudos para futura produção, o Brasil passou várias fases de besteirol no combate à covid-19. A politização da saúde intubou o país e fragilizou a população. O maior culpado é o presidente da República... Devemos evitar pronunciar o seu nome em voz alta, por medo de contagiar o ar e o ambiente. Sua profunda ignorância, sua arrogância, sua insensibilidade e sua má-fé provocam mortes. Sua opção é contra a vida. Mas isso todo mundo sabe. O que não sabemos antes da vacina chegar, é se somos mesmo a Europa amanhã. Se a segunda onda de lá, na França, na Itália e na Alemanha, será tão ou mais mortal que a primeira. E como devemos nos comportar no Brasil para não adoecer. Nosso ministro da Saúde, já desmoralizado, admite não saber nada sobre o SUS, remédios ou vacinas. O general ali está para obedecer ao capitão. A polêmica precoce e inoportuna sobre a obrigatoriedade das vacinas é um biombo, que esconde o que importa. Divulgam, números ilusórios, fictícios, porque não há testes em massa. Com teste de RT-PCR, temos o exemplo a eficácia da Coreia do Sul, que faz isso até hoje. A Coreia do Sul botou máscara de boa qualidade na população inteira desde fevereiro. E testa PCR até em sinal de trânsito. No Brasil, o contágio aumenta ou diminui em determinada região por irresponsabilidade, mau exemplo e fadiga com a quarentena. Só pouco mais de 7,7 milhões de brasileiros, de um total de 210 milhões, fizeram até agora o teste PCR, que detecta o vírus ativo. Presidente Bolsonaro, não podemos nos tornar cegos e discutir quem vai tomar vacina ou não. É um absurdo!
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras