Sr. Redator

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Tchau, Trump
O presidente Donald Trump não conseguirá permanecer na Casa Branca por mais quatro anos, é o que vem mostrando as pesquisas. O democrata Joe Biden poderá ser o novo inquilino. A arrogância, a grosseria e a insensibilidade de Trump são responsáveis por sua derrota. Os norte-americanos se entojaram dele. Tomara que isso sirva de alerta para outros governantes que são adeptos desses três substantivos. Democracia é coisa boa demais. O eleitor não precisa dizer sim quando deseja dizer não. Biden, sucesso.
Jeovah Ferreira, Taquari


Conspiração
Leitor há mais de 50 anos do jornal, não receio em dizer que a seção Senhor Redator é uma das jóias da publicação. Seus articulistas são, em maioria, cultos, articulados e isentos. Isso me incentiva a também fazer reflexões, mesmo as mais polêmicas. Por exemplo: o dr. Moro é um bom brasileiro, mas nada justifica que, por antipatia pessoal, tenha deixado vazar o telefonema de Dilma para Lula. Apequenou-se. O dr. Temer, quando deixou a Presidência, jurou de mãos postas que não interferiu no afastamento da inepta Dilma. Agora, vaidoso, escreve (dita) um livro sobre os fatos, no qual revela conluio com os militares para acelerar a queda. Apesar de dizer que se sentia desprestigiado, esta atitude conspiratória foi antidemocrática e condenável. Deveria ter pedido o boné, mas agarrou-se às benesses, que falaram mais alto do que a autoestima. Coisa feia, doutor! Aliás, como presidente, conseguiu a maior rejeição da história republicana. Tinha que curtir um ostracismo discreto. A traição de Lula a Ciro também foi lastimável. Agora, arrulham! Ah, dirão alguns, todos os homens públicos têm a reputação tisnada. Nem por isso, vou jogar no lixo minhas oito décadas de dignidade.
Renato Vivacqua, Asa Norte


Mulher
O Código de Processo Civil é a lei que estabelece as regras para aplicação do Código Civil. Nos seus primeiros capítulos orienta o comportamento do advogado, do juiz, dos promotores e de todos que integram o processo como partes ou não. O advogado que em audiência em juízo ofendeu a vítima de estupro em Santa Catarina merece ser punido severamente. Nesse caso, não está amparado pela imunidade prevista no Estatuto da OAB, porque a ofensa foi pessoal. Ele não quis produzir defesa mas, sim, humilhar a vítima e constrangê-la moralmente. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem jurisprudência pacífica no sentido de que ofensa pessoal não está coberta pela imunidade. Em certo caso, puniu o advogado que em petição afirmou que o juiz tinha na cabeça o mesmo que o camarão. Por outro lado, o Código de Processo Civil preceitua que o juiz deve cortar a palavra do advogado ofensor e até aplicar multa ao mesmo. É princípio basilar que todos devem se comportar com respeito e lealdade, pois a audiência é um ato solene em busca da justiça.
José Lineu de Freitas, Asa Sul


Vacinação
O Brasil produz vacinas há 140 anos. Elas já salvaram milhões de pessoas e garantem imunização por estímulo à produção de anticorpos e células de memória pelo sistema imunológico. A primeira vacina, a da varíola, foi descoberta pelo inglês Edward Jenner, em 1796. Ela foi produzida por Pedro Affonso no Rio, em 1887. A varíola é uma doença grave erradicada nos anos 1980. Em 1900, foi criado o Instituto Soroterápico, hoje Oswaldo Cruz e, em 1901, o Instituto Butantan, centros de excelência na produção de soros e vacinas. No início do século 20, não se confiava nas vacinas e nem que mosquito transmitia a febre amarela. Mais de 100 anos se passaram, o mundo mudou e, hoje, todos são protegidos por vacinas contra sarampo, febre amarela, tuberculose, poliomielite, gripe, rubéola, difteria, tétano etc. Mas, hoje, infelizmente, saúde e vacina viraram mercadoria política, e a vida das pessoas é que paga o preço. Os governos federal e estaduais devem assumir suas atribuições de zelar pela saúde de todos e tratar do assunto com seriedade. Vacina é assunto técnico-científico e os institutos, a Anvisa e o Ministério da Saúde devem analisar todas as vacinas, com isenção, sem pressa, mas sem viés político, checando sua segurança e eficácia, para garantir aos brasileiros o acesso àquelas que forem, de fato, as melhores. Independentemente de sua origem, pois delas depende a vida das pessoas.
Ricardo Pires, Asa Sul


General Mourão
Parabenizo o nosso vice-presidente da República, pelas suas atitudes nacionalistas e republicadas. Em entrevista, disse: “O nosso país não deve se envolver em eleição nos Estados Unidos. Temos que resolver os nossos problemas internos, e são muitos : inflação, pandemia, e colocar o Brasil na direção certa. O que a oposição não está fazendo, o general está alertando. Ontem, foi para a Amazônia com autoridades estrangeiras para patrulhar o desmatamento e as queimadas. O general dá a cara para bater e, no ditado popular, “servirá de boi de piranha”. Com isso, o senhor Ricardo Salles ficará com a caneta e Mourão, com a careta. Como brasileiro, fico orgulhoso do nosso vice-presidente. Parabéns, general Mourão. Vamos em frente, porque atrás tem gente para atropelar.
Saulo Siqueira, Asa Norte