“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. A frase é da ativista paquistanesa Malala Yousafzai proferida num discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013. E ela não poderia ser melhor para definir as representações celebradas no mês de outubro, como o Dia Internacional da Menina (no dia 11), o Dia das Crianças (12), o Dia Nacional da Leitura (12) e o Dia do Professor (15).
Os mestres, as obras e as novas gerações são três pilares importantíssimos para a humanidade. Os professores têm papel fundamental na educação e, consequentemente, na formação da sociedade. Hoje, com a pandemia e o ensino a distância, muitos pais, mães e responsáveis estão sentindo na pele os desafios que envolvem o ensinar, enquanto os docentes superam barreiras para cumprir o ofício, por vezes desvalorizado.
A literatura serve tanto aos professores, quanto aos pais e à criançada nesse caminho da educação. E não apenas pelos livros didáticos, que ensinam as fórmulas matemáticas e tantos outros assuntos. Mas, também, os literários. Aproveito, então, para falar sobre dois deles, recém-lançados e que servem para inspirar e ensinar essa nova geração sobre dois temas atuais: a preservação do meio ambiente e a equidade de gênero.
O primeiro é Como o oceano nos erguemos, da norte-americana Nicola Edwards, com ilustrações da neozelandesa Sarah Wilkins. Nele, um tema levantado nos últimos anos exatamente por uma criança: a sueca Greta Thunberg, que, aos 15 anos, mobilizou a população da Suécia para que o governo reduzisse as emissões de carbono, após ondas de calor e incêndios no país. A obra, que cita a jovem, leva o leitor a se questionar se, de fato, tratamos bem o planeta e mostra como é possível mudar hábitos para a criação de um futuro melhor.
O segundo livro é o brasileiro Amigas que se encontraram na história, da dupla Angélica Kalil (texto) e Amma (ilustração). Lá, também, outra criança que mudou o mundo. A já citada aqui Malala, cujo o ativismo começou quando tinha 11 anos ao escrever um blog que detalhou a ocupação do talibã e se fortificou ao sofrer um atentado aos 15. Dois anos depois, ela se tornou na laureada mais jovem ao Nobel da Paz, vencendo aos 17 anos.
No livro, a história da paquistanesa é contada ao lado de outra jovem que inspira gerações, a atriz Emma Watson, a Hermione de Harry Potter e hoje embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. Além delas, outras mulheres que mudaram o mundo e que tiveram trajetórias interligadas entre si, mostrando o verdadeiro elo da amizade feminina — sempre tão contestada.
Histórias como essas mostrando que as novas gerações, além de aprender, têm muito também a ensinar. Que as forças de outubro — a criança, o professor e a leitura — possam se destacar e nos conduzir a um futuro melhor.